'Vossa safadeza': Atriz sai de cena após causar como rainha ninfomaníaca

Débora Olivieri escapou por pouco de sumir da programação da Globo com a interrupção nas gravações de Salve-se Quem Puder. A pandemia de coronavírus (Covid-19) obrigou sua ex-modelo Graziela a ceder espaço para as loucuras sexuais de Carlota Joaquina na reprise de Novo Mundo (2017). A colher de chá, no entanto, não durou muito.

A espanhola deixou o folhetim de Alessandro Marson e Thereza Falcão no capítulo de segunda (13) depois de passar o rodo no Paço Imperial. "Isso é fantástico na nossa vida de artista. Um dia estou linda, lisa, ruiva, de olhos verdes, alta, rica, magra, bem vestida. No outro, de cabelos pretos, figurinos de época, desgrenhada e desbocada", confessa a intérprete ao Notícias da TV.

Em um dos pontos altos da participação especial na novela das seis, a periguete sênior agarrou Piatã (Rodrigo Simas) sem a menor cerimônia bem debaixo do nariz de seu marido, dom João 6º (Leo Jaime). "Eu nunca me esqueci dessa cena, gosto tanto que a tenho em meu showreel [portfólio em que os atores destacam alguns trabalhos]", explica.

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Apesar das boas lembranças, ela revela que foi bastante doloroso assistir um dos cenários reais utilizados pela produção ser consumido pelo fogo em 2018.

"Foi muito importante gravar no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, antes de ser engolido pelas chamas [ele foi destruído em um incêndio]. Eu fico feliz de tê-lo frequentado pelo menos uma vez por semana", relembra a paulistana.

CÉSAR ALVES/TV GLOBO

Piatã (Rodrigo Simas) prestes a cair nas garras da ninformaníaca em cena de Novo Mundo

Princesa do Brasil

Débora, aliás, foi chamada às pressas depois que Giulia Gam pediu para deixar a produção mesmo com algumas sequências já gravadas. "Eu fui chamada com os trabalhos iniciados e correspondi à direção e produção imediatamente. Isso mostrou que eu tenho a capacidade de viver qualquer personagem. A Carlota fez meu nome entrar num outro nicho", considera a intérprete.

Ela se encantou pela ninfomaníaca. "Foi o papel que mais amei fazer na vida, não desmerecendo outros que me deram muito prazer, mas Carlota tem um diferencial. Especialmente por falar espanhol, que eu adoro. Gosto de fazer sotaques", pondera.

Na época, a atriz ainda assumiu os riscos de trabalhar às sombras de Marieta Severo --que declinou do convite para reviver a nobre ibérica que interpretou pela primeira vez no longa-metragem Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995). O filme se tornou um dos símbolos da retomada do cinema nacional e ultrapassou a marca de um milhão de espectadores.

"Eu não quis rever [a obra] porque tinha muito forte a imagem da Carlota da Marieta. Queria ter a minha própria concepção. Fiquei com medo de me influenciar pelo magnífico trabalho dela. Era magnética", avalia a atriz.

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