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REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Cristina Prochaska) em Vale Tudo: trama foi censurada em 1988
A autora Manuela Dias quer desenvolver a trama lésbica de Vale Tudo que não foi explorada em 1988 por causa da censura à novela. Na versão original, Cecília (Lala Deheinzelin) acabou morrendo, e o romance entre ela e Laís (Cristina Prochaska) não pôde ser desenvolvido. No remake, que estreia em março de 2025, a novelista vai aumentar a importância das personagens.
Na época, a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) cortou muitas cenas entre Laís e Cecília. A segunda morreu, e a primeira acabou herdando a pousada que as duas administravam juntas.
A personagem de Lala já morreria por volta do capítulo 50, mas os autores queriam discutir uma questão pouco falada no Brasil: quem tem direito à herança quando um dos integrantes de uma relação homoafetiva morre?
Irmão de Laís, Marco Aurélio (Reginaldo Faria) brigou pela herança por pura ganância. Mesmo assim, os censores ficaram de olho no desenvolver da história, e diálogos inteiros a respeito do tema foram veementemente vetados.
De acordo com fontes do Notícias da TV, é possível que, diferentemente do que aconteceu em 1988, Laís e Cecília não sejam separadas no início da trama. Manuela Dias quer seguir o que Gilberto Braga (1945-2021), Aguinaldo Silva e Leonor Bassères (1926-2004) haviam proposto na sinopse original ou criar um novo entrecho para o casal alvo da censura.
Muitos atores estão sendo testados para a novela, que é considerada o maior projeto das festividades de 60 anos da Globo. Mesmos os nomes desejados e pedidos pela autora Manuela Dias e pelo diretor Paulo Silvestrini --que certamente assumiriam papéis em outras novelas sem concorrência-- passam por testes, tanto para checar a adequação ao personagem (evitando qualquer rejeição do público) quanto para abrir espaço para outros atores interessados em fazer parte da novela.
Como a reportagem já revelou, Paolla Oliveira, Carolina Dieckmann e Débora Falabella fizeram testes para Heleninha Roitman. Já Giullia Buscacio, Julia Dalavia, Bella Campos, Theresa Fonseca, Valentina Herzage e Leticia Vieira estão disputando o papel de Maria de Fátima.
Para interpretar Solange Duprat, a Globo já fez vídeos com Sophie Charlotte, Alice Carvalho, Eli Ferreira, Giovana Cordeiro, Ramille, Yara Charry, Jeniffer Dias e Larissa Nunes. Já Thiago Lacerda, Renato Góes e Daniel de Oliveira foram chamados para testes para o personagem Ivan.
O esforço acontece ainda para afastar os comentários negativos por parte do público, que constantemente reclama de não ter atores consagrados nas produções do horário nobre.
Além disso, a emissora quer celebrar os seus 60 anos com uma reunião de grandes talentos --é praxe da casa fazer uma escalação considerada "de ouro" em suas efemérides.
Em 1990, por exemplo, a novela Rainha da Sucata surgiu com o mote de "comemorar os 25 da Rede Globo com o maior elenco já reunido na TV". E de fato conseguiu. A novela de Silvio de Abreu --que terminou como a maior audiência dos anos 1990-- reuniu Regina Duarte, Glória Menezes, Aracy Balabanian (1940-2023), Raul Cortez (1932-2006), Antonio Fagundes, Paulo Gracindo (1911-1995), Renata Sorrah, Nicette Bruno (1933-2020), Renata Sorrah, Fernanda Montenegro e Lima Duarte, entre outros medalhões.
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