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ESCALAÇÃO

Vale Tudo: Escolha crucial da Globo pode determinar glória ou desgraça do remake

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Gloria Pires sorri com deboche em cena como Maria de Fátima na novela Vale Tudo

Gloria Pires como Maria de Fátima em Vale Tudo (1988); papel é um dos mais importantes

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 14/4/2024 - 8h10

Nem Odete Roitman nem Raquel Accioli: a escolha da nova Maria de Fátima é a mais crucial para o remake de Vale Tudo e pode ditar os rumos da novela das nove. A história, afinal, desenrola-se a partir do primeiro golpe da ambiciosa na mãe. A vilãzinha também está ligada aos principais núcleos da novela de 1988, deixando ainda mais complicada a missão da Globo em escalar uma atriz que faça jus à interpretação impecável de Gloria Pires.

A trama escrita por Gilberto Braga (1945-2021), Aguinaldo Silva e Leonor Bassères (1926-2004) começa quando Fátima vende a casa da família em Foz do Iguaçu (PR) e foge com o dinheiro para o Rio de Janeiro logo após a morte do avô. A garota deixa para trás Raquel (Regina Duarte), a própria mãe, sem teto nem um tostão furado.

Iludida, a guia de turismo vai atrás da filha, crente de que ela foi manipulada por César (Carlos Alberto Riccelli). Mas sofre uma decepção terrível ao constatar a frieza da jovem, que só pensa em ascender socialmente com o modelo decadente.

A partir de então, Fátima se embrenha na vida dos principais personagens para conquistar seus objetivos e não poupa ninguém de suas armações. É impressionante como tem dedo da megerinha em praticamente tudo, ainda mais depois que ela faz uma aliança com Odete (Beatriz Segall).

De olho na fortuna dos Roitman, a interesseira provoca o término de Solange (Lídia Brondi) e Afonso (Cassio Gabus Mendes) --e logo engata um romance com o rapaz, que cai igual patinho nas mentiras da garota.

É Fátima também quem arma para separar Raquel de Ivan (Antonio Fagundes), já que Odete planejava juntar o executivo com a filha, Helena (Renata Sorrah). A aprendiz de víbora ainda consegue chantagear até Marco Aurélio (Reginaldo Faria), outro vilão importante da trama.

Mesmo quando é desmascarada por Celina (Nathalia Timberg) e corre risco de ter suas traições expostas, a jovem dá a volta por cima e mantém a irmã de Odete caladinha. Assim, Fátima vai acumulando vitórias durante a maior parte da história --mas quanto mais alto vai, maior a queda.

É na hora em que a personagem perde tudo que Gloria Pires brilha ainda mais. Mesmo com todas as atrocidades cometidas pela salafrária, a atriz desperta a piedade do público nas cenas em que é jogada na rua com o filho nos braços. Mas a empatia dura pouco. Novamente a vilã surpreende com a frieza ao decidir vender o bebê para conseguir dinheiro e se reerguer.

Por isso, a escolha da atriz que assumirá esse papel na nova versão se torna tão delicada. Precisa ser alguém capaz de provocar no telespectador emoções variadas, transitando da indignação à pena de maneira convincente.

O remake de Vale Tudo deve estrear só em 2025, mas já tem agitado a classe artística --que torce para arrematar um papel na adaptação comandada por Manuela Dias. Afinal, a novela é até hoje considerada uma das melhores da história da teledramaturgia brasileira, e espera-se que a nova versão consiga ao menos honrar tal título.


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