Thiago Lacerda perde papel para novato na TV, e novela da Globo terá Jesus negro

Amor Perfeito terá um Jesus Cristo negro. Thiago Lacerda chegou a ser cotado para fazer o personagem antes da orientação da Globo em escalar atores pretos nos papéis principais das novelas da casa. O ator experiente em trabalhos na TV foi trocado pelo novato Jorge Florêncio.

Na próxima novela das seis da Globo, inspirada na história de Marcelino Pão e Vinho, obra de José María Sánchez Silva (1911-2002) que virou filme em 1955, o menino oferece pão e vinho para uma imagem de Jesus na parede e o próprio passa a conversar com ele.

Com a escalação de Diogo Almeida e Levi Assaf para os personagens de Orlando e Marcelino, que serão pai e filho, a direção da novela achou que era melhor que Jesus tivesse as mesmas características que o menino. Como Marcelino é negro, a ideia é que o garoto visse a divindade da mesma forma que ele é.

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Esse, aliás, não é o primeiro Jesus Cristo preto na Globo. Maurício Gonçalves interpretou o filho de Nossa Senhora (Fernanda Montenegro) na minissérie O Auto da Compadecida (1999).

Jorge Florêncio é gaúcho, tem 37 anos e já fez pequenas participações em Pantanal (2022), Velho Chico (2016) e Novo Mundo (2017). Ele é formado em Artes Cênicas e atua desde 2000.

Filho carismático da mocinha sofredora

Escrita por Duca Rachid e Julio Fischer, a novela que substituirá Mar do Sertão na faixa das seis em março contará a trajetória de um menino criado em mosteiro que terá o sonho de encontrar a mãe, que é a protagonista Marê (Camila Queiroz). O nome da novela faz referência ao amor do garoto pela genitora e também tem relação com uma flor da região.

O folhetim se passará na fictícia Águas de Santa Clara, cidade de Minas Gerais que será inspirada em Poços de Caldas. A história começará em 1934 e depois avançará para 1942.

Maria Elisa, a Marê, é uma estudante de Administração que acaba se apaixonando por Orlando (Diogo Almeida), que cursa Medicina. O romance, no entanto, será atrapalhado por Gilda (Mariana Ximenes), madrasta de Marê, que acusará a enteada de matar o próprio pai.

A jovem, que estará grávida de um bebê de Orlando, será presa e só escapará da cadeia quando estiver prestes a dar à luz. Ela será capturada logo depois do parto, e o menino será deixado na porta da Irmandade de Clérigos de São Jacinto.

Marcelino será criado por sacerdotes aposentados e crescerá ao lado de vários pais. Oito anos vão se passar, e a novela dará início a uma nova fase. O filho de Marê será conhecido pela cidade graças a seu carisma, enquanto a mãe conseguirá liberdade condicional e fará de tudo para reencontrar o filho e provar sua inocência.