Tecnologia obriga Elas por Elas a mudar trama de bebês: 'Impossível enganar'

Novela de 1982, Elas Por Elas ganhou alguns ajustes para se adaptar à realidade do remake de 2023. Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão foram obrigados a mudar uma trama que envolvia troca de bebês por causa do avanço da tecnologia. Com a popularização dos exames de ultrassonografia, não seria crível que, no começo dos anos 2000, duas crianças de sexo diferentes fossem trocadas na maternidade.

Na trama original, Miguel (Mário Lago) pagou a enfermeira Eva (Nathalia Timberg) para que, caso o bebê da filha Helena (Aracy Balabanian) fosse uma menina, ela fizesse a troca por um menino. O empresário queria um herdeiro homem para seus negócios. Na época, o exame de ultrassonografia não era popular e quase ninguém descobria o sexo dos filhos antes do nascimento.

Sem que ninguém soubesse, Eva trocou a menina de Helena pelo menino de Adriana (Esther Góes). E, assim, as duas rivais criaram o filho uma da outra sem nunca saberem da verdade. Miriam (Tássia Camargo) e Gil (Lauro Corona) eram os "bebês" trocados e se apaixonaram na juventude.

E AGORA?

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No remake --que estreia no lugar de Amor Perfeito no dia 25--, Miguel virou Sérgio (Marcos Caruso) e continua um homem sem muito caráter. Mas ele não terá nenhuma relação com os filhos de Helena (Isabel Teixeira) e Adriana (Thalita Carauta).

Nesta nova versão, a personagem interpretada por Thalita Carauta será mãe solo de Ísis (Rayssa Bratillieri). Na verdade, ela não saberá se a jovem é filha de Jonas (Mateus Solano) ou de um outro cara com quem se relacionou. No passado, ela era noiva do empresário, e ele a traiu com Helena. Após a garota engravidar, ele terminou com ela para assumir a paternidade de Giovanni (Filipe Bragança).

Para complicar ainda mais a situação, Ísis se envolverá justamente com o filho de Jonas e Helena, que pode ser seu irmão. Com essa reaproximação, todos terão que conviver com as escolhas do presente, mas também com as consequências dos atos do passado.  

"Essa novela é uma releitura exatamente porque os autores pegaram a estrutura dos personagens e a trama principal do Cassiano [Gabus Mendes, autor da novela original], mas tiveram que atualizar muita coisa. A troca de bebês hoje em dia não seria possível. Existe a ultrassonografia, então seria impossível enganar o telespectador, não daria para trocar menino e menina. Mas eles adaptaram isso brilhantemente com uma outra trama igualmente de suspense", contou Amora Mautner ao Notícias da TV.

A diretora artística da próxima novela das seis revelou ainda que Thereza e Alessandro tiveram bastante trabalho para adaptar a novela de 1982 para 2023: "Eles pegaram os personagens, a trama, a estrutura e acrescentaram muita coisa autoral. Não só para poder fazer essa transição de época, mas também porque a novela original teve cem capítulos. Essa tem 160! Eles têm que inventar mais 60, né? Tem quase uma meia novela de coisas novas".

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