LUCAS ORADOVSCHI
Divulgação/Rael Barja
Lucas Oradovschi se surpreendeu com a transformação de Jairo no decorrer de Vai na Fé
Apesar dos mais de 20 anos de carreira, Lucas Oradovschi só fez sua estreia com um papel fixo em novelas como Jairo, o responsável pela segurança de Lui Lorenzo (José Loreto) em Vai na Fé. Logo de cara, o ator descobriu a imprevisibilidade de se trabalhar em uma obra aberta. Seu personagem foi de assediador de Ivy (Azzy) a galã, com direito a torcida do público por um romance com Bruna (Carla Cristina Cardoso).
"Eu não esperava nada dessa história com a Bruna, porque a princípio ele estaria envolvido em situações de assédio com a Ivy. Só que, no meio do caminho, o público captou essa química dela com a Bruna, e os autores estão sempre muito ligados no que é comentado. Não que eles façam tudo o que os fãs pedem na internet, mas colocaram o Jairo nesse caminho. Foi uma surpresa muito gostosa", valoriza Oradovschi ao Notícias da TV.
Para o artista, o arco do personagem é mérito dos roteiristas, que construíram Vai na Fé sem apostar no clichê dos mocinhos 100% perfeitos ou dos vilões totalmente desprezíveis. "Não tem maniqueísmo ali. O Jairo tinha essa questão do assédio no início, mas também apresentava qualidades e virtudes. Quando o Carlão [Che Moais] morreu e pediu para o Jairo cuidar da Sol [Sheron Menezzes], ele pegou essa missão com bondade. O público se identifica muito mais quando não cai no estereótipo", aponta.
Mas a transformação no decorrer dos sete meses de exibição também chocou o ator, que estava se preparando para uma discussão sobre o assédio --o tema acabou debatido em Vai na Fé por meio de Theo (Emilio Dantas), grande vilão do folhetim. "É um assunto que é urgente, que atravessa o nosso cotidiano, a rotina das mulheres, são tantos casos violentos que acontecem diariamente. Eu lia alguns relatos que me deixavam até sem ar", lamenta.
Para o intérprete de Jairo, falar sobre assédio e abuso em uma novela das sete é imprescindível, dado o alcance que a Globo tem. "São dezenas de milhões de pessoas assistindo. Se um homem assiste àquilo, se reconhece e repensa suas atitudes, já prestamos nosso serviço. E a novela atinge vários círculos sociais, classes diferentes, nas capitais, no interior, é um holofote gigantesco. Que bom poder ajudar a fomentar esse debate de alguma maneira."
arquivo pessoal
Jairo em duas fases: bad boy com Ivy e apaixonado com Bruna
Além do romance com Bruna, Jairo também ganhou espaço no decorrer de Vai na Fé. "No começo, ele ficava mais naquele espaço de cumprir tarefas, entrar para dar recado e sair. E estava restrito ao núcleo do Lui também, né? O que acabou sendo ótimo para mim, porque a TV tem uma linguagem muito específica, e eu estava aprendendo ainda, comecei com insegurança", diz.
"Fui conquistando minha confiança, ficando mais à vontade, e a coisa foi esquentando. Acho que fui aproveitando as boas oportunidades que os autores me davam e conseguia entregar o que eles queriam."
Dei muita sorte de estar no núcleo do Lui, que bombou desde o início. Era um grupo muito potente como alívio cômico, com um glamour, uma afetação, uma coisa meio The White Lotus, colorida, divertida, musical. E com colegas incríveis, né? A Renata [Sorrah] é um patrimônio nacional, o [Luis] Lobianco, o Loreto, ninguém estava ali só por estar, todo mundo queria fazer mais, propor, criar, aquilo virou um vórtex de inspiração.
O curioso é que a parceria mais forte de Lucas Oradovschi com Carla Cristina Cardoso surgiu por acaso. Na primeira cena entre os dois, Bruna dava em cima de Jairo, que ficaria desconfortável com a situação. "Mas na hora eu fiquei em dúvida de como reagir, que escolhas deveria fazer como ator, minha intuição foi de devolver aquele flerte. Isso disparou uma série de reações na internet, e os autores começaram a ir testando mais cenas. Deu certo!", comemora.
Oradovschi também conseguiu emplacar o rótulo de galã com o público da trama. "Eu me surpreendi com isso, com a maneira como o Jairo foi recebido pelo público. Um homem de 40 e poucos anos ser colocado nesse lugar de símbolo sexual? Certamente nunca esperei por isso. Mas não vou negar que é gostoso ouvir isso, faz bem para o ego (risos)", admite.
As gravações de Vai na Fé já chegaram ao fim, e o ator admite que ficou mal-acostumado com o clima dos bastidores. "Tem gente da equipe que fala que já fez 25 novelas na Globo e nunca viu um axé como o nosso. Já rola uma grande saudade, uma nostalgia, as últimas semanas foram uma montanha-russa de emoções, muito choro, mas muita festa por ter dado tão certo."
Vai na Fé será substituída por Fuzuê, de autoria de Gustavo Reiz, que está sendo gravada nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, e estreia em 14 de agosto. O folhetim contará com Giovana Cordeiro e Marina Ruy Barbosa nos papéis principais de mocinha e vilã, respectivamente.
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