ÚLTIMO CAPÍTULO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) em Elas por Elas; romance foi trunfo da trama
Com uma boa chance de acabar com a pior audiência entre todas as novelas das seis, Elas por Elas sofreu desde o início com um erro de avaliação da Globo. Com todas as características de uma produção para a faixa das sete, o folhetim não empolgou os telespectadores no início da noite, horário em que o público se habituou a ver tramas de época e romances água com açúcar.
Entretanto, o remake está longe de acabar desfigurado como Babilônia (2014), que perdeu completamente a sua essência para reverter a rejeição dos telespectadores. Um dos lados positivos --se é que existem-- dos baixos números do Ibope foi permitir que a trama fosse desenvolvida sem grandes interferências externas.
Os casais homoafetivos que se tornaram uma preocupação em Vai na Fé (2023) diante de um público cada vez mais envelhecido e conservador da TV aberta, por exemplo, viraram um trunfo para a reta final de Elas por Elas.
O romance de Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) foi desenvolvido de uma forma muito mais fluida do que Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman). Na época, as atrizes chegaram a lamentar nas redes sociais os cortes das cenas de carinho entre suas personagens.
Em Elas por Elas, o público se surpreendeu exatamente com a espontaneidade com que os beijos de Natália e Carol aconteciam na trama. Elas foram beneficiadas, em parte, pela rejeição inicial da história. Afinal, não seria um selinho delas capaz de afundar (ainda mais) a audiência.
Deve-se ressaltar ainda que Alessandro Marson e Thereza Falcão souberam muito bem conduzir a história. Os autores desenvolveram diversos temas complexos com uma abordagem que foi bem correspondida pelo público da faixa.
Elas por Elas abordou questões raciais, de gênero e até o direito das pessoas com deficiência sem sobressaltos. Com saldo mais negativo do que positivo, o remake acabou dando um "prêmio de consolação" para a Globo: a percepção de que uma obra aberta não necessariamente se prejudica por ir contra certas expectativas.
Elas por Elas é uma releitura da trama criada por Cassiano Gabus Mendes (1927-1993) em 1982. A novela será substituída por No Rancho Fundo, de autoria de Mario Teixeira. O folhetim protagonizado por Larissa Bocchino e Túlio Starling estreia na segunda (15) na faixa das seis da Globo.
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