Rainha da comédia, atriz se joga no drama em Família É Tudo: 'Diferente de tudo'

Reconhecida pelo grande público como uma atriz de comédia, Grace Gianoukas vive em Família É Tudo uma personagem diferente de tudo que já apresentou na TV. Ao contrário da exuberante Teodora Abdala, de Haja Coração (2016) --que ganhou até um spin-off no Globoplay, tamanho o sucesso da personagem--, a atriz interpreta uma mulher mais discreta na nova novela das sete.

"A minha personagem é um desafio, porque ela é bem diferente de tudo que eu já fiz. A Leda é uma mulher que a vida magoou um pouco. Então, ela é recatada, é pela família, pelos bons princípios, tem um filho que ela adora, mas precisa fazer de tudo para que ele amadureça, porque ele é um galinha", adiantou a atriz em conversa com o Notícias da TV.

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Na novela de Daniel Ortiz, Leda é a segunda esposa de Pedro (Paulo Tiefenthaler) e mãe de Júpiter (Thiago Martins). Muito puritana e moralista, ela tem verdadeiro pavor do comportamento mulherengo do filho e torce para que ele se encante por alguém completamente fora dos padrões de beleza. "Ela quer que o Júpiter seja feliz, mas ela tem vergonha e acha que ele não será feliz ciscando por todos os lados. Às vezes, ela é muito dura com ele."

"Leda é uma das cinco mulheres desse homem que teve cinco filhos; então, ela ficou um pouco machucada e se retraiu. Estou amando o Thiago e já quero ele como um filho. Mas eu tenho até que me controlar para não ficar maternal demais, porque isso não pode na minha personagem. A Leda tem que ser dura! Só que ele é um amor, eu tenho vontade de agarrar, mas ela precisa se manter firme porque ele tem que ganhar o mundo e amadurecer", explicou.

Atriz com mais de 40 anos de carreira e uma longa lista de prêmios no teatro, Grace é do tipo que gosta de fazer novela e que vibra com cada convite para estar na TV. Alçada à popularidade pelas mãos de Ortiz e de Fred Mayrink, diretor artístico de Família É Tudo e Haja Coração, a atriz afirma que é incapaz de dizer "não" para a dupla.

"Quando o Daniel e o Fred me chamam, eu não quero nem saber o que que é. Eu vou de olhos fechados, porque é sempre um desafio, mas é sempre uma delícia. O Fred é essa luz, esse otimismo, isso para mim é um paraíso de trabalho. E o Daniel escreve muito bem, eu sempre falo isso", elogiou.

Sou fascinada por essa capacidade que ele tem como autor, e que outros autores têm, principalmente os de novela, de criar vários personagens com várias personalidades diferentes, de construir essa rede de relações. E isso é uma coisa fascinante, eu sou encantada nisso.

Para ela, poder fazer algo diferente de tudo o que já havia encarado na TV é ainda mais motivador. "Eu gosto de me desafiar, crescer... Eu quero ficar velhinha aprendendo coisas novas. E eu adoro essa obra aberta que é uma novela, com tantas coisas acontecendo."

"Então a personagem vem, a cada capítulo, com uma nova emoção, um novo acontecimento. A gente é pego de surpresa também muitas vezes, como o público. Isso é bárbaro", disse ela, que avisou que não faz sucesso sozinha: "Se uma personagem não for bem estruturada, ela não segura a onda".

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