ZEFA E TADEU
DIVULGAÇÃO/MANCHETE
Giovanna Gold e Marcos Palmeira foram Zefa e Tadeu na primeira versão de Pantanal (1990)
Com alguma frequência, atores que formam pares românticos em novelas se envolvem além das cenas e se apaixonam fora do roteiro também. Isso quase aconteceu na primeira versão da novela Pantanal (1990), na extinta Manchete (1983-1999), com Giovanna Gold e Marcos Palmeira. Os dois interpretavam Zefa e Tadeu. Ambos namoravam outras pessoas na época, mas o desejo surgiu mesmo assim.
"Entre nós, rolou um momento romântico na estufa de plantas do estúdio. Nos declaramos, mas ambos estavam namorando. Eu adorava a namorada dele, ele adorava meu namorado. Então achamos melhor deixar só em cena. Deu certo. Era o desejo reprimido daqueles personagens", explica a atriz Giovanna Gold ao Notícias da TV.
O relacionamento entre os dois já existia bem antes de conviverem nas gravações de Pantanal. Eles estudaram no mesmo colégio, no Rio de Janeiro, e Palmeira já naquela época chamava a atenção de Giovanna.
"Era um garoto que se diferenciava dos outros porque ele tinha morado com os índios. Era único. Era filho de cineastas. Por isso ele chamava minha atenção. Nem nunca falei com ele na escola", confessa ela.
Quando foram escalados para o elenco de Pantanal, ela tinha 25 anos, e ele, 26. Na trama, Zefa é empregada de Maria Bruaca e vai conquistando o coração de Tadeu aos poucos, à medida que ele não recebe o carinho que deseja de Guta.
"Quando minha personagem, Zefa, ouviu falar do Tadeu, interpretei com um plus porque queria brilhar, e a minha escola de interpretação é o jogo, é contracenar. Se a Guta estava desprezando o peão que avoa, a Zefa, que só conhecia aqueles hectares, se deslumbrava com a ideia de alguém como ela conhecer a outra margem [viajar entre as fazendas de Tenório e José Leôncio]", explica a atriz.
Após o sucesso da novela e de seus personagens, Giovanna e Palmeira chegaram a conversar sobre a química entre eles, anos depois. Hoje, ela fala do colega de cena com afeto e respeito.
"Anos depois, fizemos um trabalho juntos, e apenas na cena final tivemos a oportunidade de conversar sobre esse desejo platônico. Se alguém falar mal de mim para ele, não sei se ele seria leal. Eu sei que sou. Leal ao que sinto, à legitimidade do meu sentimento. Se vierem falar mal dele, digo: 'Na-ã, nem fala, isso me entristece'. Gosto de quem gosta de mim. Vou aonde a vida me é fértil", reflete Giovanna.
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