Odaílson de Quanto Mais Vida, Melhor foi 'premiado' com entrada de ex megera

Odaílson (Thardelly Lima) estava pronto para assumir seu romance com Deusa (Evelyn Castro) em Quanto Mais Vida, Melhor!. Então, surgiu Valdirene (Suzy Lopes), a mulher megera do motorista, que veio disposta a acabar com a alegria do casal. Apesar de ter sumido de cena, a malvada logo voltará em grande estilo. Pode até parecer uma enorme dor de cabeça, mas o ator explica que a entrada da vilã foi um "presente" do autor Mauro Wilson, que quis reconhecer o desempenho dele e de Evelyn na novela das sete da Globo.

"Eu estava na Paraíba. O produtor de elenco me ligou e falou: 'O Mauro quer dar um presente para vocês, para o Odaílson e a Deusa. Estamos muito felizes, o casal superou as expectativas'. Eu já estava tipo: vou mandar o endereço e ele vai me mandar [um presente]. De repente, ele me diz que o Odaílson é casado e que ia vir uma mulher chamada Valdirene. Que incrível!", entrega ele em entrevista ao Notícias da TV.

No folhetim, a ex-empregada da família Monteiro Bragança ressurgirá, agora rica e poderosa, já que terá descoberto um tesouro escondido em seu terreno na Paraíba. Com isso, ela voltará com sangue nos olhos para destruir os pombinhos. Lima revela que foi ele quem indicou Suzy para o papel de algoz.

TRAMA DAS NOVE

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"Eles queriam que eu desse a sugestão de alguma atriz, de preferência nordestina, paraibana. Eu passei uma lista de três nomes. Foi quando a Suzy Lopes fez o teste, passou, e veio assumir essa figura.", destaca o intérprete.

Aliás, a possibilidade de trazer a Paraíba para um folhetim é uma das grandes alegrias do artista, que comemorou o fato de não ter que mudar seu sotaque para interpretar o personagem. Na trama, apesar de se dizer tijucano, Odaílson não tenta esconder suas origens.

Eu tenho depoimentos de amigos paraibanos que, quando vêm morar no sudeste, ou no sul, tentam neutralizar um pouco o sotaque justamente para não sofrerem preconceito, como um tipo de defesa. Nos dias de hoje, vejo como um absurdo você neutralizar sua fala com medo de receber alguma represália. Isso [de trazer o sotaque] para mim já foi uma vitória enorme.

O ator também buscou imbuir essa representatividade em sua construção: "Ele tem um pouco dessa linha do arquétipo do nordestino poeta, do nordestino que é engraçado, que é de bem com a vida, generoso. Fui muito para esse lugar do Odaílson gente boa, que tem muitas semelhanças com o próprio tijucano". 

Primeira novela

Com uma longa trajetória no teatro e no cinema, Thardelly Lima teve sua primeira vez nas novelas com Quanto Mais Vida, Melhor!. Entretanto, foi uma experiência atípica, já que o folhetim foi totalmente gravado durante a pandemia e repleto de protocolos de segurança. 

"Gostaria muito de viver uma novela aberta para entender como é fazer de fato. Com essa questão da pandemia e dos protocolos, nós mal nos víamos, apenas quem estava no set e tirava a máscara para gravar. Nos bastidores e camarins era tudo isolado, não teve calor humano, social, de trocar figurinhas, ver o que o outro tá fazendo. Então curtimos mais nossos núcleos com quem estávamos gravando. Foi incrível, intenso e maravilhoso, mas senti falta dessa coisa da comunhão e coletividade, que foi barrada pela pandemia", frisa Lima.

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