Sete Vidas
Divulgação/TV Globo
Jayme Matarazzo (Pedro) e Isabelle Drummond (Júlia) em cena da nova novela das seis da Globo
MÁRCIA PEREIRA, no Rio de Janeiro
Publicado em 8/3/2015 - 4h59
Sete Vidas estreia nesta segunda-feira (9) trazendo uma forte carga dramática. Os protagonistas da nova novela das seis da Globo sofrem muito por amor. Os principais conflitos são interpretados por Débora Bloch (Lígia), Domingos Montagner (Miguel), Isabelle Drummond (Júlia) e Jayme Matarazzo (Pedro). Lígia é abandonada por Miguel, que sofre um acidente e é dado como morto enquanto ela descobre que está grávida. Júlia e Pedro se apaixonam sem saber que são supostamente meios-irmãos. Pelo tabu do incesto, eles vão lutar contra essa paixão, derramar baldes de lágrimas, mas no final descobrirão que não são filhos do mesmo pai.
A trama de Lícia Manzo, a mesma autora de A Vida da Gente (2011), aborda a polêmica de incesto. Porém, após Júlia e Pedro fugirem um do outro, a jovem vai descobrir que sua mãe, Marta (Gisele Fróes), mentiu. Ela não é filha do doador de sêmen número 251, como pensava. A estudante de medicina é fruto de uma traição de Marta, que era casada. A personagem inventou que tinha feito uma fertilização artificial para o marido e mantém a história para a filha.
Prestes a se casar com Edgard (Fernando Belo), a loira vai romper o noivado quando ficar sabendo que não é irmã do homem que ama, mas Pedro não vai poder ficar com ela. Taís (Maria Flor), namorada dele, terá acabado de contar que está grávida quando isso acontecer.
“A gente começa a contar a história desse menino a partir de um momento de autoconhecimento dele. Ele cria novos laços familiares, o que lhe causa um amadurecimento, mas Pedro acaba tendo de se afastar dos irmãos. Vai viver em Fernando de Noronha, onde se apaixona e cresce muito quando descobre que vai ser pai. É um personagem que sai crescendo, deixa de ser menino e vira homem”, diz Jayme Matarazzo.
Jayme Matarazzo (Pedro) em cena de Sete Vidas, em que chora por amor
O grande protagonista da trama é o amor. Esse sentimento vai mover os personagens. Matarazzo diz que não teme rejeição ao seu personagem por causa do suposto incesto. “Não tenho medo de forma alguma. Acho que todos os assuntos novos, que a sociedade ainda não parou para discutir são realmente importantes”, comenta o ator.
Isabelle Drummond também não acredita que a paixão entre os dois personagens que pensam ser irmãos no começo da novela seja rejeitada. Ao contrário, ela diz acreditar que o público vai se identificar com Júlia, pois ela tem características muito reais. “Eu acredito em coisas que vão além da razão. O amor deles ultrapassa tudo. É uma ligação espiritual, é um amor divino”, observa.
Famílias diferentes
O foco do folhetim é apresentar as novas famílias, que vem surgindo ultimamente, como as que são formadas por duas mães. “Pai, mãe e filhos deixam de ser maioria nos lares brasileiros, dando lugar ao que se chama família mosaico, com infinitas e impensáveis configurações”, diz a novelista Lícia Manzo
Débora Bloch (Lígia) e Domingos Montagner (Miguel) em cena da nova novela
Sete Vidas gira em torno de Miguel, um homem que por opção deseja se manter sozinho e que nem imagina encontrar os filhos gerados por meio de fertilização in vitro. Na juventude, quando morou fora do país, ele fez doações de sêmen para uma clínica de Los Angeles (EUA) em troca de gratificações financeiras.
Ele parte em uma aventura solitária, após ver que sua postura está magoando a amada, Lígia. Ela quer formar uma família, e ele não. Sem imaginar que tem seis filhos, jovens que se encontrarão em uma busca por suas origens, o ambientalista parte em seu barco, sofre um acidente e é dado como morto. Grávida, Lígia sofre muito. O bebê que ela terá é sétimo filho de Miguel. Essas sete vidas é que geraram o nome da novela.
Cerca de dois meses após ele sumir da vida de Lígia, a embarcação de Miguel enfrenta uma tempestade e ele é lançado ao mar inconsciente, enquanto o barco segue à deriva. A notícia de um trágico acidente chega a Lígia, que trabalha em um importante jornal.
Semanas depois é feito um funeral simbólico de Miguel, pois o corpo do aventureiro não será encontrado. Lígia recebe o telefonema de uma clínica de fertilização atrás dele para falar a respeito de uma doação feita há três décadas. Dois jovens, supostamente filhos biológicos do aventureiro, estão à procura do pai. Tratam-se de Pedro e Júlia.
Encontros
Lígia resolve conhecer os herdeiros de Miguel, que são meios-irmãos de seu bebê. Vicente (Ângelo Antonio), viúvo e padrasto de Pedro, encanta-se por Lígia. Há uma passagem e os dois estão juntos. A criança que ela esperava, Joaquim, já está com seis meses.
Uma reportagem sobre a história dos três meio-irmãos, Joaquim (o bebê), Júlia e Pedro é publicada. Depois, uma mulher envia um e-mail dizendo ser mãe de um rapaz de 15 anos, que também é filho do doador número 251. Assim, os filhos de Miguel e Lígia vão conhecendo os outros herdeiros do ambientalista: Bernardo (Guilherme Lobo), os gêmeos Laila (Maria Eduarda de Carvalho) e Luís (Thiago Rodrigues), e Felipe (Michel Noher), jovem argentino, portador de uma doença autoimune. Será por causa dele, para poder ajudar o filho, que Miguel revelará que está vivo e a trama se desenvolverá.
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