Leopoldina de Novo Mundo, Leticia Colin critica governantes atuais: 'Decadentes'

Leticia Colin voltará ao ar na Globo a partir da semana que vem na reprise de Novo Mundo (2017). Na novela das seis, ela interpretou a princesa Leopoldina, que defende com paixão até hoje. A atriz acredita que a personagem deu vários exemplos de boa conduta, de inteligência e de sabedoria para o público. Ela deixou subentendido que a princesa do Brasil colonial era muito melhor do que o atual governante do país.

"Achei muito pertinente [a escolha de Novo Mundo para ser reprisada neste momento]. Precisamos conhecer muito mais a história do nosso país, e a figura de Leopoldina é inspiradora nesse tempo em que as referências de governantes são tão decadentes. Ela era realmente uma mulher notável, com muitas qualidades e aspectos positivos para gente se espelhar", alfinetou, em nota oficial da Globo.

A novela conta a história da chegada ao Brasil de Leopoldina, uma princesa austríaca que veio para cá para se casar com dom Pedro 1º (Caio Castro). A trama passa pela independência do país e pela atuação da personagem, fundamental para ajudar, apoiar e influenciar o marido na tomada de decisões políticas na época.

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Ainda que Leopoldina também tenha sofrido muito nas mãos de dom Pedro (o que a novela mascarou bastante, até por causa do horário), a atriz se lembra mais dos bons momentos de sua personagem no folhetim. A princesa de Leticia foi tão querida pelos telespectadores que até teve um final feliz em Novo Mundo, diferentemente do que aconteceu na vida real.

"Leopoldina é uma personagem complexa, tinha um pensamento avançado para o tempo. Foi uma governante admirável. Na novela, vamos poder acompanhar o quanto ela foi importante para o desenvolvimento do país e o quanto sua conduta é inspiradora. Era muito voltada para educação, cultura e ciência, uma humanista. É lindo ter esse exemplo. Estamos falando de 1817, essa personagem é muito rica em todos os sentidos", disse.

"Era uma princesa, totalmente subjugada aos costumes da época, de subserviência ao marido e à cultura machista do patriarcado. A função dela era ter filhos e dar continuidade à família. Tem também esse lado todo conservador. Era amante de cavalos e de cavalgadas. Uma figura histórica muito interessante, forte e, ao mesmo tempo, frágil", complementou a atriz.

Leticia declarou que tem ótimas lembranças das cenas gravadas em um barco cenográfico, que irão ao ar na primeira semana de Novo Mundo, e da preparação para a novela de época, com aulas de gestual, por exemplo. Ela pretende reassistir a trama, já que está cumprindo a quarentena pela pandemia de coronavírus (Covid-19), e incentiva que o público faça o mesmo.

"Nesse momento, a gente precisa ser responsável e amoroso acima de tudo. Temos que ter esperança e cuidar das pessoas mais vulneráveis dos nossos grupos de risco. A novela vem como um presente, pois vamos poder assistir, se entreter e passar um tempo com essas figuras e histórias inspiradoras de superação. Sempre gostei e acho estimulante poder assistir coisas que estão retratando um período que aconteceu aqui, para conscientizar", sugeriu.

"Temos que aproveitar para nos transformar e fortalecer nessa quarentena. Conectar com o que é essencial, exercitar nossa compaixão, nossa simpatia, para voltarmos mais fortes e melhores depois disso. Acho que esse é um grande momento de evolução. Que a gente tire disso tudo um aprendizado sobre a nossa coletividade e vulnerabilidade aqui no planeta Terra", concluiu Leticia.

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