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REMAKE NO TÍTULO?

Globo dá bobeira, perde a marca e pode ter que mudar o nome de Renascer

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Em cena da novela Renascer, Adriana Esteves está em cima do cavalo atrás de Marcos Palmeira

João Pedro (Marcos Palmeira) e Mariana (Adriana Esteves) em Renascer: novela pode mudar de nome

CARLA BITTENCOURT E LI LACERDA

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 11/10/2023 - 14h31

A Globo não vai poder usar o nome Renascer em sua próxima novela das nove. A emissora perdeu o prazo para fazer o registro da marca no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), e o novo dono --que batizou um salão de beleza com esse título-- não liberou o uso para a trama que vai substituir Terra e Paixão a partir de janeiro. A Globo registrou, então, Renascer Remake, e o prazo expirou sem oposição no fim do mês passado.

O imbróglio envolvendo Renascer --que está sendo gravada em Ilhéus, na Bahia, desde segunda-feira (9)-- começou há 30 anos. Em 1993, o nome da novela já havia sido registrado por uma fundação, que não se opôs à Globo. Na época, a marca não estava na classificação 41, designada a projetos nas áreas de educação, provimento de treinamento, entretenimento, atividades desportivas e culturais.

Apesar de não ter conseguido abocanhar o nome, a emissora pôde utilizá-lo para dar título à novela. O INPI indeferiu o pedido da Globo para usar na história de Benedito Ruy Barbosa, mas a novela já tinha ido ao ar quando saiu da decisão.

Em 2004, o registro expirou, e dez anos depois Luiz Carlos da Silva o adquiriu até 2027 para usar em um salão de cabeleireiro, com vigência também na classificação que interessa à Globo. O novo dono do nome, aliás, se opõe a qualquer tentativa de uso do termo Renascer. Dessa forma, a emissora não pode usar esse título.

Valendo-se da lentidão do INPI, a Globo fez o pedido de registro de Renascer Remake, e o prazo expirou sem oposição de Luiz Carlos. O instituto, no entanto, pode indeferir o pedido e não dar o novo nome à Globo.

Mas o processo de análise do registro costuma demorar entre um e dois anos. Quando terminar, a trama de Bruno Luperi já terá chegado ao fim. Mesmo se o INPI considerar Renascer Remake uma cópia do registro de Luiz Carlos, a marca terá sido usada sem nenhuma consequência à Globo. A emissora só terá problemas se o dono da marca recorrer à Justiça para impedir o uso do novo nome, já que o prazo de oposição no INPI se encerrou.

Procurada na tarde desta quarta-feira (11), a Globo informou por meio de sua assessoria que apuraria as informações e não respondeu aos questionamentos do Notícias da TV até a publicação deste texto.


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