Final de O Rei do Gado: Lia dá piti, se isola com Aparício e encara sina de Léia

Lia (Lavínia Vlasak) se incomodará horrores com a obsessão de Aparício (Almir Sater) por seus bois em O Rei do Gado. Longe da viola e de Zé Bento (Sergio Reis), o rapaz só terá olhos para seu novo negócio. A "princesa do gado" passará a se sentir negligenciada e, em determinado dia, terá um chilique --conhecendo de perto o drama de Léia (Silvia Pfeifer) na novela do Vale a Pena Ver de Novo.

A mãe da mocinha, afinal, passou boa parte do início da novela reclamando da atenção que Bruno (Antonio Fagundes) despendia aos animais da fazenda. Lia seguirá o mesmo caminho por um tempo, mas conseguirá conversar com o amado e fazê-lo encontrar um meio-termo entre os desejos dela e o interesse dele pela fazenda.

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De certa forma, o rapaz descontará no trabalho a saudade que sentirá de sua viola e da vida sem rumo com Zé Bento. Teimoso, ele também desejará se provar à qualquer custo para o sogro, que duvidou que ele conseguiria juntar uma boiada. Será justamente numa conversa dos deles, cheia de alfinetadas e menções ao gado, que Lia demonstrará sua insatisfação.

Eles conversarão sobre novas tecnologias e a evolução do gado de corte na sala da fazenda de Ribeirão Preto, em São Paulo. A moça acabará perdendo a paciência e sairá da sala pisando duro. 

No dia seguinte, ela implorará ao pai para que ela e o marido fiquem ali, longe da criação do pecuarista. "Não tem discussão. O que seu pai tá falando é definitivo, é pra valer! Eu quero ser obedecido!", resmungará o fazendeiro.

O rei do gado desejará que o genro segura as pontas na fazenda do Araguaia enquanto ele fica ali, apoiando Marcos (Fabio Assunção) no julgamento pela morte de Ralf (Oscar Magrini). Lia, contudo, também desejará dar suporte ao irmão.

"Aí, pai... Pelo amor de Deus, pai... O senhor não está acreditando que o Aparício vai largar a viola dele para sair correndo atrás de boi, né?", perguntará ela. "Ocê gosta dele mesmo, minha filha?", perguntará o ricaço. "Eu amo o Aparício, pai", devolverá a mimada. "Então monte na garupa dele e vai lá para aquela fazenda", soltará o patriarca dos Mezenga.

Lia aceitará a ordem, mas resmungará horrores para Júlia (Maria Helena Pader) logo depois:

Eu não estou gostando do meu pai meter o Aparício nessa história de boi. Não estou gostando, Júlia. Essa noite, na cama, o Aparício só falou de boi. Inseminação artificial, gado limousin, touro de 100 mil dólares... Pior que ele está tomando gosto pela coisa, e isso está me dando um medo danado, sabia? Eu não quero que ele encoste a viola dele num canto por causa de boi. 

A empregada questionará a patroa sobre o porquê disso. "Olha, Júlia... De peão nessa vida, já basta meu pai. Eu me apaixonei por um... Por um violeiro, por um poeta. por um homem sensível, apesar de meio bronco. De repente ele começa a gostar de boi? ", soltará a jovem. 

Mas ela não terá escolha. No final da novela, Aparício vai se enveredar pelo caminho da pecuária e cuidar de sua própria fazenda. Apesar disso, Lia aparentará continuar apaixonada --especialmente quando ele sacar a viola para tocar para ela, na calada da noite.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luís Fernando Carvalho, a novela rural, exibida originalmente em 1996, conta a saga de Bruno Mezenga, eterno rival dos Berdinazzi.

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