Em Vai na Fé, Renata Sorrah é mãe ressentida e sem filtros: 'Diz barbaridades'

Amarga e durona, a personagem de Renata Sorrah em Vai na Fé é um daqueles tipos que os noveleiros amam odiar. Wilma é dividida em duas: a do passado e a do presente. Foi uma atriz que começou fazendo teatro na rua, cheia de ideais, mas depois virou uma carreirista quando foi para a televisão. "É uma mulher totalmente sem filtro, uma sem noção, uma pessoa que diz barbaridades", resume a atriz.

Aos 75 anos, a intérprete afirma que a Wilma do passado se parece com ela, mas a do presente não. Renata se questionou como essa artista virou essa pessoa cheia de problemas e teve de avaliar os ressentimentos da mulher de índole duvidosa que está entre as principais personagens da nova novela das sete da Globo.

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"Quando li o perfil da Wilma, achei sensacional, um papel incrível. Começou fazendo teatro, mas quis ser uma celebridade. Ela tem uma difícil relação com o filho. Ela ama aquele filho, mas ela é dura com ele. Então o que aconteceu?", comenta a intérprete, referindo-se ao personagem de José Loreto, o cantor Lui Lorenzo.

"Eu acho que ela era carreirista, isso no passado, competindo com as colegas, contando o número de falas que ela tinha e a outra tinha. Estrela mesmo, querendo ser superstar, mas aí veio essa coisa do etarismo. Ela não pôde continuar porque começaram a achar ela velha", explica a veterana.

Fora a questão de não ter mais trabalho como atriz, Renata conta que parte da amargura e dos problemas da personagem são da relação com Fábio (Zécarlos Machado), que é pai de seu filho. Wilma era superapaixonada por ele por causa das novelas, misturando romance da ficção com a vida real. "O Fábio era casado. Ela tentou dar um golpe da barriga. Ficou grávida, e ele separou dela."

Implicância com protagonista

A personagem tem uma somatória de frustrações e também não aprendeu muito com seus erros. Ela gosta de julgar as pessoas, vai implicar com a Sol (Sheron Menezzes) porque a acha velha para a carreira artística. A protagonista é uma mulher evangélica que tem 40 anos, é casada, tem filhos e que vira backing vocal de Lui Lorenzo.

Para Renata, Wilma foi salva pelo filho e, graças ao sucesso dele, engatou uma nova carreira. "Ela foi ser empresária dele, então, hoje em dia ela trabalha, tem uma profissão e vive lembrando do passado com saudade. Ela acha o filho um pouco cafona, mas essa mulher vive para o filho."

Vai na Fé é uma trama escrita por Rosane Svartman que conta histórias de pessoas que superam dificuldades da vida, pois acreditam que no final tudo vai dar certo. O folhetim é ambientado no Rio de Janeiro, conta com direção artística de Paulo Silvestrini e estreia no próximo dia 16 na faixa das 19h.

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