Em O Cravo e a Rosa, Catarina vira fera e compra briga até no parto: 'Eu atiro'

Os filhos de Catarina (Adriana Esteves) conhecerão o temperamento da mãe assim que chegarem ao mundo em O Cravo e a Rosa. A feminista, afinal, vai canalizar toda a sua raiva em dar à luz. Com as dores do parto, ela brigará com o médico, ofenderá Mimosa (Suely Franco) e repreenderá Neca (Ana Lucia Torre) na novela da Globo. "Eu quero manter a calma… Calma! Senão, eu atiro", berrará a mocinha, completamente fora de si.

Petruchio (Eduardo Moscovis) só se verá livre da fúria da mulher porque estará em outro cômodo. A gestante não deixará nenhum homem chegar perto dela --à exceção do obstetra. Médico de confiança da família Batista, o profissional da área da saúde será o único apto a aguentar os rugidos da "fera". 

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O fazendeiro até terá considerado convidar uma profissional pelas redondezas. No entanto, desesperado, ele cederá aos apelos da grávida e chamará Oswaldir (Castro Gonzaga) no centro da cidade. O queijeiro, afinal, estará mais desesperado que a própria mulher. Quando Neca avisá-lo do trabalho de parto, ele não conseguirá se manter quieto. A casa inteira estará em caos, e o médico descobrirá isso assim que pisar lá.

Ele ouvirá os berros da dondoca ainda na porta de entrada. Ele mal passará pela porta do quarto antes de ouvir os desmandos da ricaça. Para tentar acalmá-la, o médico ficará quieto. Mas não terá jeito. Sem mais nem menos, a irmã de Bianca (Leandra Leal) dará um esporro no convidado. Ela afirmará que não deveria ter a obrigação de orientar um médico formado.

 Ele abrirá a boca para retrucar, mas levará outra bronca. "Não responda, seu atrevido! E pare de chorar, Mimosa, que está me dando nos nervos! Veja se faça alguma coisa de útil", resmungará a raivosa, no último capítulo do folhetim de Walcyr Carrasco.

Apesar de estar chorando horrores com o parto, a personagem de Suely Franco começará a discutir com Neca, que dará uma risada irônica diante do pedido de Catarina. "Vive me pisando! Você não perde a oportunidade, não é?”, dirá a veterana, magoada. 

Com isso, a protagonista perderá totalmente a paciência. Ela dará um berro incompreensível e, em seguida, esbravejará: "Calem as duas! Eu quero manter a calma… Calma! Calma, senão, eu atiro!", ameaçará a descontrolada.

O médico tentará apaziguar os ânimos da paciente, mas não terá sucesso. "Atira o quê, Catarina? Pelo menos uma vez na vida, não brigue! Tenha seu filho em paz", vai sugerir o homem. "E o senhor pare de brigar também! Pare de brigar que o filho é meu, e eu digo o que eu quiser!", retrucará a jovem.

Entre tanta gritaria, Petruchio conseguirá ouvir um choro vindo do quarto. Logo, Mimosa sairá com a criança, enrolada em um pano rosa, do quarto. "É uma menina, seu Petruchio! Olha só que linda”, comentará Mimosa. “Arriégua, Calixto! É uma menina… Olha que orgulho! É bonitinha, é a minha cara!”, frisa o grosseirão.

Petruchio com os gêmeos após parto

Pouco tempo depois, porém, Neca chegará com outro bebê --dessa vez, coberto com um pano azul. O bronco fica boquiaberto. "Arriégua! Mas nasceu é dois? Como é que pode?", reagirá o fazendeiro, perturbado.

Oswaldir comentará que as crianças são gêmeas, mas não são idênticas. Calixto não dará a mínima para a explicação médica --ele se limitará a bradar pelos pais mortos de seu patrão: "Ah, mas que alegria! As caveiras de seu pai e de sua mãe devem estar chacoalhando no cemitério de tanta felicidade!", vai cantarolar o lavrador. 

Escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Walter Avancini, O Cravo e a Rosa foi ao ar pela primeira vez em 2000. O folhetim bateu recorde em sua última reapresentação no canal Viva.

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