Atenção, spoiler!
João Miguel Júnior/TV Globo
Gabriel Braga Nunes e Bruna Marquezine em gravação de Em Família, da Globo, em Viena
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 14/2/2014 - 2h15
Atualizado em 15/2/2014 - 0h20
Novela faz suspense sobre o que aconteceu com bebê que Helena esperava de Laerte, mas tudo não passa de uma estratégia para atrair o telespectador. Especialista descarta possibilidade de incesto, já que Luiza irá se envolver amorosamente com Laerte. Em diálogo que irá ao ar na próxima quarta-feira (19), a protagonista revelará o que aconteceu com a criança
Na virada de Em Família para a terceira fase, na última segunda-feira (10), o autor Manoel Carlos semeou uma dúvida na cabeça dos telespectadores: o que aconteceu com o filho que Helena (Julia Lemmertz) esperava de Laerte (Gabriel Braga Nunes)? Muita gente está pensando que Luiza (Bruna Marquezine) pode ser filha dos dois, embora ela chame Virgílio (Humberto Martins) de pai. O recurso de suspense confunde o público, mas também atrai audiência.
A ideia de deixar essa lacuna é fazer a trama esquentar e envolver o telespectador. Mais para a frente, a filha de Helena vai se envolver amorosamente com Laerte. Com essa dúvida se ele é o pai dela no ar, o triângulo entre o flautista, mãe e filha, ganha um ingrediente mais agressivo ainda: o incesto.
“Esse é um combustível para a novela, um recurso folhetinesco”, diz Nilson Xavier, especialista em teledramaturgia e autor do Almanaque da Telenovela Brasileira. Ele afirma que um romance entre pai e filha é pesado demais para o estilo de Manoel Carlos. “Nem Walcyr Carrasco, que semeou essa dúvida com a Gina (Karolina Kasting) em Amor à Vida, foi adiante.”
Algo do gênero já foi feito em Mandala (1987), mas a dúvida se Édipo (Felipe Camargo) era mesmo filho de Jocasta (Vera Fisher) foi mantida por muito tempo. “A repercussão foi enorme, só se falava nisso”, lembra Xavier, que também é colunista do UOL.
“Não acredito que Laerte seja pai da Luiza. Um relacionamento amoroso entre pai e filha seria extremamente agressivo. Uma tragédia grega. Chocante. Mas a dúvida, o suspense, certamente vai durar algum tempo”, diz Letícia Dornelles, que trabalhou como colaboradora de Manoel Carlos na novela Por Amor (1997).
Selma (Ana Beatriz Nogueira) também já indicou, de forma venenosa, que pode haver algo por trás. “A [filha] que ela engravidou do Laerte, ela perdeu. Foi o que disse na ocasião, mas muita gente maldosa diz que não, que essa filha que ela tem é a que ela disse que perdeu”, falou a mãe de Laerte no capítulo da última terça-feira (11).
A assessoria de imprensa de Manoel Carlos informa que Luiza é filha de Virgílio. O suspense termina na próxima quarta-feira (19), quando está prevista a exibição de um diálogo em que Helena dirá a Neidinha (Elina de Souza) que perdeu o bebê que esperava assim que chegou ao Rio.
“Tenho pesadelos ultimamente, Leninha. Pesadelo com aquele dia, há 20 anos, em que entrei de inocente naquela van que me desgraçou a vida”, comenta Neidinha, referindo ao estupro que sofreu.
“Me marcou muito também. No mesmo dia, lembra? No mesmo dia, eu passei mal e perdi o bebê que eu estava esperando do Laerte”, vai dizer Helena.
Repetecos
A especulação sobre qual será o principal foco de Em Família gira em torno das Helenas do passado. Em especial, a de Laços de Família (2000), que abdicou do amor de Edu (Reynaldo Gianecchini) para que sua filha, Camila (Carolina Dieckmann), ficasse com o rapaz.
“É uma característica do Manoel Carlos retomar algo que fez em outras novelas. A atual Helena já apareceu na feira. Ele ficou conhecido pelas Helenas que vão à feira e reclamam do preço do tomate”, conta Xavier.
Uma cena “conhecida” que vamos ver em breve é Helena dando uma surra de cinta no irmão, Felipe (Thiago Mendonça). Ela perderá a cabeça porque ele, que é alcoólatra, não quer se tratar. Julia Lemmertz reviverá o que a atriz Eliete Cigarini, fez na pele de Sílvia, dando várias cintadas em Iris (Deborah Secco) em Laços de Família. Aliás, nessa novela a vilãzinha apanhou bastante.
Esse “recurso” Manoel Carlos também usou em Mulheres Apaixonadas (2003), com Carlão (Marcos Caruso) exorcizando todos os demônios da filha, Dóris (Regiane Alves), que maltratava os avós.
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