Dramédia e multiplot: O que esperar do remake turbinado de Elas por Elas?

O remake de Elas por Elas foi apelidado de dramédia pela diretora artística, Amora Mautner, por unir drama e comédia. A promessa é de que a nova novela das seis da Globo mantenha uma pegada ágil em todos os capítulos graças ao multiprotagonismo --são sete mulheres na linha de frente. Mas isso não é uma novidade da versão atual; ela foi criada e exibida assim em 1982.

"Ela tem um formato, por ser um multiplot, que não tem trama paralela. É muito diferente da característica das novelas, que têm uma grande trama, e o público se liga a um grande personagem no primeiro capítulo e depois vão vindo as outras tramas, que são geralmente paralelas", explica a diretora. 

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O que é multiplot? São várias linhas de ação, todas importantes na narrativa. A proposta não é inovadora, mas teve pioneirismo nas telenovelas há 41 anos, quando foi ao ar a versão original de Elas por Elas escrita por Cassiano Gabus Mendes (1929-1993). 

O texto do remake, adaptado por Alessandro Marson e Thereza Falcão, ganhou contornos mais dinâmicos para atrair a nova geração de espectadores, que praticamente nasceu assistindo a conteúdo no streaming. Esse ingredientes e recursos se somam à essência dos folhetins: a emoção.

Deborah Secco contracena com Késia na novela

"Eu acredito muito que a novela dá certo quando ela consegue atingir o público pelo sentimento. A gente tem elementos muito fortes. Elas por Elas fala de reencontro, amizade, relações de pessoas que se gostam. Além de emocionar, vai causar uma grande empatia no público. A gente tem uma gama de personagens feitos brilhantemente pelos atores. Acho impossível que as pessoas não se identifiquem pelo menos com alguns deles", diz Marson. 

Thereza Falcão declara que é uma releitura, mas que a trama vai continuar com o espírito da novela original, leve e de comédia. A autora antecipa as alterações feitas e algumas atualizações.  

A gente trouxe mais complexidade às tramas individuais. Então, a gente vai ter mais romance do que a gente tinha na novela original, porque é uma novela das 18h. Por mais que ela tenha um DNA muito forte, a gente está dando mais atenção a alguns conflitos mais dramáticos, como paternidade e maternidade desconhecidos etc. 

Há um mistério que permeia a saga, que é o "quem matou Bruno (Luan Argollo)?", o irmão da Natália (Mariana Santos). Elas por Elas abraça a diversidade de diferentes formas e tem vários assuntos para tratar. Como a história de Renée (Maria Clara Spinelli), que fez a transição de gênero e é uma mulher feliz e uma mãe amorosa. 

Além disso, os perfis das mulheres tiveram de ser atualizados. "Nessas quatro décadas que se passaram, as mulheres mudaram muito, tornando-se multitarefas", comenta Thereza, referindo-se ao fato de mães de família se dividirem entre a casa, o cuidado com os filhos e a profissão.

Mário Fofoca (Lázaro Ramos) é um personagem potente, que surpreendeu lá atrás. É uma das apostas para cair no gosto do público. O detetive cômico "nasceu" em Elas por Elas, na atuação de Luis Gustavo (1934-1921), e fez tanto sucesso que virou série e filme. 

As sete protagonistas são Helena (Isabel Teixeira), Taís (Késia), Lara (Deborah Secco), Renée, Carol (Karine Teles), Adriana (Thalita Carauta) e Natália. O remake estreia nesta segunda (25), no lugar de Amor Perfeito, na faixa das 18h da programação da Globo. 

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