JULIA STOCKLER
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Em sua primeira novela, a atriz Julia Stockler interpreta Justina no remake de Angela Chaves
DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro
Publicado em 6/2/2020 - 4h47
Em sua primeira novela, Julia Stockler confessa que tremeu na base ao saber que interpretaria uma das filhas de Susana Vieira em Éramos Seis. "Tinha medo no início, com essa história de ela não gostar de trabalhar com gente jovem. Mas foi justamente o contrário. Ela foi muito generosa", conta a intérprete de Justina ao Notícias da TV.
A artista revela que muitos dos mitos que cercam a veterana, conhecida pelo seu temperamento forte e franqueza desconcertante, caíram por terra durante a convivência nos bastidores. "Comecei a ganhar ela no afeto e descobri uma mulher carinhosa e muito engraçada. Não tivemos nenhum estresse", pontua.
Estreante na TV, a atriz afirma que conquistou a admiração de sua colega de elenco por sua trajetória nos palcos e no cinema. "Quando soube que vim do teatro, ela abriu todo um leque de respeito em relação a mim", explica a carioca, de 31 anos.
A lenda de que Susana não costuma se dar bem com principiantes ganhou força em 2009, depois que ela tomou o microfone de Geovanna Tominaga durante uma participação ao vivo no Vídeo Show (1983-2019). Na ocasião, ela soltou a frase "Não tenho paciência para quem está começando", usada até hoje como meme.
Julia confidencia que também sentiu o mesmo frio na barriga diante de Fernanda Montenegro, com quem trabalhou em A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2019). O filme de Karim Aïnouz ganhou um dos principais prêmios no tradicional Festival de Cannes, na França. "Fiquei encantada porque, aos 90 anos, ela é uma atriz que não esconde a insegurança, quer continuar aprendendo", considera.
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Emília (Susana Vieira) trata Justina (Julia Stockler) como criança na novela das seis da Globo
No remake de Angela Chaves, no entanto, a relação entre as personagens de Julia e Susana não é das melhores. Justina guarda um segredo do passado que pode comprometer Emília --e muito. A madame, por isso, costuma dopar a primogênita com doses exageradas de calmantes para mantê-la calada e sem chamar a atenção de Adelaide (Joana de Verona).
Julia assegura que não sabe o que está por trás dos surtos da garota, que tem um distúrbio do espectro autista, não diagnosticado pelos médicos da época. Ela também preferiu não ler o livro original de Maria José Dupré (1898-1984), nem assistir às versões anteriores do folhetim para manter o mistério a salvo.
"Preferi ficar neutra. Existe sim um trauma, que vamos descobrindo ao longo da história. Agora chegou a hora de entender quais foram as motivações, ou se já tinha uma coisa antes. Vamos aos poucos, apesar de todo mundo estar louco para saber o que acontece com a Justina", despista.
A artista afirma que, por conta das crises da jovem, as pessoas nas ruas têm um pouco de receio de abordá-la. "Elas têm medo de falar comigo, mas outro dia eu é que fiquei assustada quando uma mulher gritou 'Justina' com toda a força do corpo. Saí correndo, apavorada, achando que ela ia me pegar", lembra Julia, aos risos.
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