Deborah Evelyn se joga no fogo de Betty em Verdades Secretas 2: 'Grito contra etarismo'

Aos 57 anos, Deborah Evelyn diz que, por mais delicadas, as cenas de sexo entre Betty e Mateus (Bruno Montaleone) são um "grito contra o etarismo" em Verdades Secretas 2. A atriz aponta que o fogo da estilista representa a força das mulheres maduras, que têm tesão não apenas na cama --e, sobretudo, também pela vida e o trabalho.

"Betty é um grito contra o machismo e contra o preconceito. Ela representa a mulher moderna, atual, que vai à luta no que quer, que acredita na própria força. Tem uma autoestima grande, sabe da sua beleza, do seu talento, do seu encanto. Só que ela não tem mais 20, 30 anos. É importantíssimo inseri-la neste movimento", avalia a artista em entrevista ao Gshow.

A própria Deborah deu um guinada na carreira em A Dona do Pedaço (2019), também de Walcyr Carrasco, ao deixar as personagens neuróticas e histriônicas pela fogosa Lyris --que pedia um bolo de limão todas as vezes que queria transar com Tonho (Betto Marques).

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Ela repete a parceria com a diretora Amora Mautner, a quem atribui uma direção cuidadosa para deixá-la à vontade nas cenas mais quentes:

Não é confortável fazer cenas de sexo em geral. Você está ali, exposta, na hora de gravar, sem falar que será assistida por milhões de pessoas. Mas tudo foi feito de uma maneira respeitosa e, em nenhum momento, eu me senti exposta.

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Betty e Mateus em Verdades Secretas 2

A artista também é cheia de elogios para Bruno Montaleone. "Foi tranquilo na medida do que pode ser tranquilo. Nós nos demos bem desde o começo. Ele é um companheiro de cena muito leal, comprometido e estudioso", avalia.

Deborah ainda acrescenta que o marido, o arquiteto alemão Detlev Schneider, é um dos maiores fãs do seu trabalho, especialmente Verdades Secretas 2. Para ela, as sequências picantes podem funcionar até como uma afrodisíaco:

Falando por mim, se você está ali vendo a pessoa que você ama, a pessoa com que você tem sexo, fazendo sexo com outra pessoa, mas, ao mesmo tempo, sabendo que não é uma traição, que é um trabalho, eu acho interessante. Acho que apimenta, sim, o relacionamento.