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ANÁLISE

Com início promissor, Bom Sucesso faz Grazi ofuscar Antonio Fagundes

Reprodução/TV Globo

Grazi Massafera (Paloma) e Antonio Fagundes (Alberto) em cenas da novela Bom Sucesso, da Globo - Reprodução/TV Globo

Grazi Massafera (Paloma) e Antonio Fagundes (Alberto) em cenas da novela Bom Sucesso, da Globo

RAPHAEL SCIRE

raphascire@gmail.com

Publicado em 11/8/2019 - 4h51
Atualizado em 11/8/2019 - 4h52

Pouco mais de uma semana depois de sua estreia, Bom Sucesso, nova novela das sete da Globo, já deu uma amostra de que tem uma história bem delineada para atravessar os próximos meses. Bem escrito pelos autores Rosane Svartman e Paulo Halm, o folhetim serve ainda como um divisor de águas para sua estrela, Grazi Massafera.

Apesar de já ter brilhado em outros momentos recentes na televisão, Grazi encara agora a tarefa de protagonizar uma trama pela primeira vez desde que foi indicada ao Emmy por sua atuação em Verdades Secretas (2015).

Tal qual a história como um todo, a protagonista Paloma transita entre a comicidade e o drama com facilidade e é a alma do folhetim. É impossível não se identificar com a mãe batalhadora que se sacrifica e se desdobra em nome dos filhos.

Grazi está segura, mostra sua evolução como atriz e faz por merecer o papel. Seu brilho é tamanho que ela conseguiu deixar em segundo plano o drama de um figurão feito Antonio Fagundes, na pele do livreiro Alberto.

Não que Fagundes não esteja bem, pelo contrário, mas é que a presença de Grazi em cena atrai todos os olhares, e a popularidade da personagem gera ainda mais simpatia por ela, sentimento para o qual a rabugice de Alberto não contribui muito.

A trama de Bom Sucesso, por sua vez, é ágil e o humor é inteligente, com sacadas irônicas e bem defendidas pelo elenco. Apesar do mote inicial ser um tema espinhoso, a morte é retratada com leveza. Há espaço para a diversão e, sobretudo, para a reflexão, coisa que faltava na antecessora, cujo nome nem merece ser citado.

Outro fator que Bom Sucesso pode contar a seu favor é a química da protagonista com os dois mocinhos da história. Grazi deu liga tanto com David Junior (Ramon) quanto com Romulo Estrela (Marcos), e isso dá aos autores margem de manobra para conduzir a história amorosa para diferentes rumos --e evitar barrigas.

É de se destacar, e principalmente celebrar, a quantidade de atores negros no elenco de Bom Sucesso, uma demonstração de que a novela pretende retratar a diversidade.

Sheron Menezzes, por exemplo, também tem um ótimo papel em mãos. A secretária falsiane Gisele é uma vilã típica de desenho animado e tende a se dar mal nas vilanias que comete, como quando foi afogada pelo amante na banheira e obrigada a fugir pelada da casa dele.

Até mesmo o núcleo jovem da história, uma especialidade dos autores, é interessante e desperta atenção. Os dilemas de Alice (Bruna Inocêncio) são críveis e é impressionante a força da interpretação da novata. A cena em que acredita estar grávida, logo no primeiro capítulo, emocionou sem ser piegas.

Há, por fim, o apelo da literatura, que serve de amparo à trama. As sequências em que Paloma se imagina personagem dos livros que lê são carregadas de cores, um recurso que pode atrair facilmente o público infantil.

Promissora, Bom Sucesso é um ponto fora da curva nas novelas atuais. Se mantiver o ritmo inicial, tem tudo para cumprir uma belíssima trajetória.


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