Chata e incoerente, Rose vira o maior desastre de Quanto Mais Vida, Melhor

Quanto Mais Vida, Melhor! termina nesta sexta-feira (27) após uma trajetória conturbada. A novela passou por muitos altos e baixos, sobretudo por causa de suas tramas repetitivas. Entre todas, a que mais se destacou negativamente foi a de Rose (Bárbara Colen). A personagem incoerente e irritante testou a paciência do público com sua saga desinteressante na novela das sete da Globo.

Na trama de Mauro Wilson, a ex-modelo ficou divida entre seu amor por Neném (Vladimir Brichta) e seu casamento com Guilherme (Mateus Solano). Triângulos amorosos são elementos clássicos dos folhetins, muitos têm resultados bem-sucedidos, como foi visto em Totalmente Demais (2015), na qual a trinca formada por Marina Ruy Barbosa, Fabio Assunção e Felipe Simas mobilizou o público. 

O problema é que foi extremamente difícil torcer pela personagem de Bárbara Colen, uma vez que seu drama girou em círculos durante toda a novela. A ex-modelo sempre teve conflitos artificias.

TRAMA DAS SETE

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No início, ela se prendia ao casamento com o "doutor das galáxias", sem ter um motivo real para isso, uma vez que a relação estava claramente desgastada, e ela não conseguia esquecer o jogador de futebol. Depois, quando finalmente conseguiu tomar coragem para engatar um romance com o craque, veio a troca de corpos e atrapalhou tudo.

A humilhação não foi suficiente para fazer a mãe de Tigrão (Matheus Abreu) esquecer o futebolista, e ela seguiu focada nele. Mesmo quando decidiu viajar para Paris, ela não esqueceu o amado e voltou correndo ao Brasil para se jogar nos braços dele.

Falta de propósito e carisma

Felizes para sempre? Não, pois nos últimos capítulos ela terá uma briga homérica com o amado, por sentir ciúme de Paula (Giovanna Antonelli). Ou seja, é uma figura que anda e não sai do lugar --uma alegoria que pode ser usada para definir boa parte do folhetim.

Se fosse apenas isso, já estaria complicado, mas falta ainda carisma. Rose é uma pessoa difícil, que armou diversos planos ao longo de toda a novela e não seguiu nenhum com convicção. No começo, ela sonhava em abrir a ala pediátrica na clínica Monteiro Bragança. Tendo alcançado seu objetivo, ela deixou o trabalho de lado.

Depois, começou a dar aulas de francês. Em seguida, foi para a capital francesa voltar a modelar. Por fim, em uma das viradas mais forçadas de toda a história, fez um teste em uma emissora de TV e começou a trabalhar como jornalista, sem ter qualquer experiência na área. 

Isso sem falar na trama bizarra na qual foi revelada que Tigrão era filho de Neném. Quer dizer que Rose nunca desconfiou nem por um segundo da paternidade do herdeiro, sendo que ela tinha se relacionado com o futebolista na mesma época em que ficou grávida?

Para completar, ela já sabia que Tina (Agnes Brichta) não era filha do craque --um supersegredo de família. Ele teria contado isso do nada à mulher que abandonou no passado justamente para assumir a paternidade da garota. Essa colcha de retalhos mal costurada ainda tem um agravante: Bárbara Colen, estreante em novelas, claramente não estava confortável no papel.

Depois de chamar a atenção em filmes como Bacurau (2019), a atriz chegou à TV como uma promessa, mas não faltaram críticas ao seu desempenho-- até a intérprete da Morte (A Maia) fez queixas à atuação da colega de elenco. Bárbara já demonstrou ter talento de sobra e certamente ainda terá como mostrar outras facetas em novos trabalhos. 

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