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OUTRO SUCESSO

Bruaca em Pantanal, Isabel Teixeira rejeita status de estrela: 'Não sou reconhecida'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Isabel Teixeira tem os cabelos soltos e veste uma jaqueta jeans; a expressão está sorridente durante entrevista ao Globo Repórter

Isabel Teixeira tem uma definição própria de "sucesso" --e não se deixa deslumbrar pela fama

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 30/9/2022 - 10h38

Apesar do alcance estrondoso da personagem Maria Bruaca na internet --ela se tornou a cara de inúmeros memes--, Isabel Teixeira afirmou que ainda não é muito reconhecida nas ruas. A atriz contou que já chegou a ser abordada por telespectadores de Pantanal, mas não se considera uma grande estrela. Para ela, o sucesso é outra coisa.

"Sucesso é você ler um livro que mexa com você, é quando o dia faz sentido, quando você está vivo. É você ter um dia belo e útil", definiu a atriz, ao relembrar um de seus encontros com fãs. "Eu não sou muito reconhecida não. Mas ontem estava levando minha filha na escola e paramos numa padaria. Quando saí, eu ouvi assim: 'Ô Dona Maria!'. Olhei e era uma mulher lindíssima, com uma alegria imensa de me ver pessoalmente. E ela completou: 'É isso aí Maria, a gente tem que levantar todo dia e acreditar na gente mesmo!'", contou, em entrevista à revista Vogue.

É uma novidade na vida da atriz, cuja carreira foi construída no teatro --espaço em que os atores costumam ter uma certa aversão às novelas. Para Isabel, a recusa dos atores em entrar na teledramaturgia é uma herança da ditadura militar. À época, havia artistas que evitavam meios em que tivessem de se conformar com os valores propagados pelo regime. Hoje, há mais liberdade nesse sentido.

"Eu sou noveleira, sempre fui, desde criança e, recentemente, revi O Bem Amado [1973], Pai Herói [1979], Pecado Capital [1976]. Nós sabemos fazer isso com maestria e temos que louvar nossas produções. O Brasil é um país muito rico, e o público é inteligente e muito especial", defendeu.

A entrada na TV é apenas uma das mudanças recentes na vida da atriz. A experiência da idade fez com que ela encarasse várias coisas de uma forma diferente. Isabel, aliás, disse que se sente muito melhor aos 48 anos do que aos 20.

A artista era bem menos relaxada na juventude, quando achava que "tinha que passar um gel na bunda para a celulite sair". Agora, Isabel declarou que se sente mais livre. "Eu acho tão bonito uma mulher com mais experiência, menos ansiedade, mais segura de si. Isso é de uma beleza inenarrável", afirmou a intérprete.

Tantas mudanças não permitem que ela se planeje com muita antecedência. Isabel gosta de viver coisas novas, de escolher projetos que pode fazer acontecer. "Eu sempre fiz planos e eles sempre mudam, porque eu sou uma pessoa flexível. Posso até querer uma coisa, mas passou um vento, eu penso: 'olha que interessante!' Pronto, abriu-se uma outra estrada e é para lá que eu vou".

Foi assim que ela chegou a Bruaca, sua personagem de maior alcance. Segundo a atriz, todas as personagem que ela interpretou fizeram com que ela fosse quem é hoje. De Pantanal, por exemplo, ela levará para si o processo de recuperação da autoestima --por meio de si e do encontro com outras mulheres.

Quando ela vai para a casa do Zé Leôncio [Marcos Palmeira] e depois para a tapera, ela vê uma mulher livre, que é a Juma [Alanis Guillen], para quem ela conta sua própria história. Não existe conflito de geração, mas um encontro de mulheres. Tem uma fala da Maria Bruaca que ficou muito na minha cabeça: 'O mundo foi realmente feito pelos homens, para os homens' (...) Essa construção e reconhecimento da sororidade, para mim, é um modus operandi totalmente feminino.

Para entrar em contato com esse outro lado da história, Maria teve de se livrar das amarras de Tenório (Murilo Benício) e enfrentar o mundo. Ela não tinha outras referências, afinal; nem TV, nem livros, muito menos igrejas.

"A chegada da Guta [Julia Dalavia] é como um vetor de transformação que modifica a cabeça daquela mulher. Quando ela descobre outra família, acontece um racha, ela se desespera, entra em abalo sísmico, a sexualidade aparece…. No meio desse caos ela perde totalmente o chão onde viveu durante 30 anos, mas se refaz na chalana", explicou.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor. Em outubro, a emissora vai estrear Travessia, trama de Gloria Perez.


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