JOSÉ VICTOR CASTIEL
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
José Victor Castiel em cena como o Viriato de Laços de Família; ator foi o 'brocha mais famoso do Brasil'
REDAÇÃO
Publicado em 16/9/2020 - 8h34
Intérprete de um marido brocha em Laços de Família, no ar no Vale a Pena Ver de Novo, José Victor Castiel relembra as piadas que ouviu pelas ruas na época que a novela foi ao ar pela primeira vez, em 2000. "Fui o brocha do Brasil por um ano inteiro. [Ouvi até um] 'Tenta com a Vera Fischer' de um fã", relembrou o ator atualmente com 61 anos.
Na trama de Manoel Carlos, Zé Victor era Viriato, um segurança com impotência sexual que frustrava a mulher, Yvete (Soraya Ravenle). Mais experiente do que era aos 41, Zé Victor acredita que todos os assuntos delicados expostos no folhetim ainda são atuais.
"Infelizmente, muitos desses tabus não foram quebrados até hoje. Quando me ofereceram esse papel, que geraria tanta controvérsia, pensei que teria um estigma para toda a vida, o que não se confirmou", relembrou o artista em entrevista ao jornal Extra.
"No início, eu me defendia do personagem, fazia de tudo para que ele não fosse ridicularizado, mas a novela me ensinou a me entregar totalmente aos erros, defeitos, para que ficasse real. Saí uma pessoa mais tranquila e desprendida de ego", avaliou Castiel.
Na reprise da novela protagonizada por Vera Fischer, Reynaldo Gianecchini e Carolina Dieckmann, exbida nas tardes da Globo, o ator conseguirá assistir à própria atuação, já que ele não tinha o hábito de se ver na tela para evitar a autocrítica excessiva causada pela insegurança.
"Sou autodidata, nunca estudei teatro. Mesmo com 37 anos de carreira, sempre debitei na conta do diretor o sucesso ou o fracasso da cena. Isso é característico do cara inseguro. Hoje, é diferente. Quero ver a novela pela primeira vez. Vou poder fazer isso na tranquilidade da minha poltrona e desenvolver minha autocrítica", confessou Zé Victor.
Sobre a cena mais emocionante que gravou, o ex-funcionário da Globo relembrou a sequência com a filha Rachel, interpretada por Carla Diaz.
"O que mais me marcou na questão dramática, foi a sequência em que Viriato dorme depois do almoço, esquece de buscar a filha na escola e a garota é atropelada. A cena em que fiz observando, do vidro do hospital, a menina na cama teve um carga dramática muito interresante", relembrou ele.
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