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Vitória Strada

Atriz dribla mocinha chorona e encara sozinha primeiro papel: 'Sou eu, eu e eu'

João Miguel Júnior/TV Globo

Maria Vitória (Vitória Strada) passou parte da história presa em um convento pelo pai - João Miguel Júnior/TV Globo

Maria Vitória (Vitória Strada) passou parte da história presa em um convento pelo pai

ODARA GALLO

Publicado em 8/1/2018 - 6h13

A mocinha injustiçada, separada de seu grande amor, internada em um convento à força e que teve sua filha entregue para a adoção tinha tudo para dar o tom de chorona e chata para Maria Vitória de Tempo de Amar. Mas Vitória Strada conseguiu driblar os desafios da heroína clássica sofredora dos folhetins e cativar o público com a personalidade aguerrida da personagem. O bom resultado do trabalho que é sua estreia na TV, a atriz atribui ao texto de Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago e aos estudos que realiza sozinha, sem ajuda de coach.

Além da preparação do elenco promovida pela Globo antes do início de cada novela, que também inclui o trabalho do "treinador" para ajudar a compor os personagens, alguns atores pagam do próprio bolso o serviço de aperfeiçoamento. Vitória Strada, no entanto, que já estreou em novelas como protagonista, conta que se debruça nos textos sozinha, nos momentos em que não está no estúdio gravando.

"Eu tive coach antes do começo da novela, assim como o resto do elenco. Agora, sou eu, eu e eu, estudando muito em casa", conta a gaúcha de 21 anos. Strada começou a carreira como modelo e virou atriz só em 2015, quando estrelou o filme Real Beleza, de Jorge Furtado.

Para não virar a mocinha chata que só chora pelos cantos e ficar cansativa para o público, a atriz explica que se mantém atenta às dicas dos diretores e à forma como os autores descrevem a personagem.

joão miguel júnior/tv globo

Maria Vitória (Vitória Strada) deu à luz no convento e foi separada da filha em Tempo de Amar

"Desde o início eu vi que a maria vitória tinha uma força que não são todas as mocinhas que têm. Se for pensar que ela é uma menina que ia fazer 18 anos, numa outra época, enfrentando uma gravidez, muitos fatores que poderiam deixar ela uma menina que só chora e não age", analisa, sobre a trama que se passa na década de 1920. "Ela não deixa se vitimizar, não deixa de agir pelas situações", completa.

Com quase metade da trama no ar, o balanço que atriz faz de seu primeiro trabalho na TV é dos melhores. "Conversar com o Alcides [Nogueira] e ver que ele está feliz em ver me emociona muito", conta ela, que se mudou sozinha para o Rio de Janeiro e abriu mão da vida social para se dedicar à novela.

"Parece meio clichê, as pessoas estranham quando eu digo que eu realmente não sinto falta de outras coisas, de sair, ir pra festa. É a prova do que você realmente gosta. Eu não sacrifiquei nada", aponta.

Nas poucas vezes em que consegue sair de casa e ter contato com o público que acompanha a trama das seis, Vitória Strada sente a expectativa para o reencontro de Maria Vitória e Inácio (Bruno Cabrerizo), que está previsto para ser exibido no início de fevereiro.

"O bom de ver a novela no ar é de ter essa resposta, te ter a noção que o Brasil inteiro está assistindo e de como as pessoas realmente se envolvem na história da novela. As pessoas me abordam com muito carinho e estão ansiosas [para o reencontro dos mocinhos]. Acho que todo mundo tá, porque é uma coisa que precisa acontecer na novela em algum momento", comenta a atriz.

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