Ritual nos bastidores
Fotos Reprodução/TV Globo
A atriz Marina Ruy Barbosa em cena de Deus Salve o Rei, que estreia nesta terça-feira (9)
MÁRCIA PEREIRA, no Rio de Janeiro
Publicado em 8/1/2018 - 6h07
Marina Ruy Barbosa tem um novo ritual para entrar em cena. "Dou um grito de guerra, bato os pés no chão e fica todo mundo me imitando", conta. Ela diz que precisa disso para captar a potência de sua personagem, Amália. Aos 22 anos e com 12 novelas no currículo, a ruiva faz sua primeira trama de época no papel da mocinha valente de Deus Salve o Rei, trama que estreia nesta terça (9) na Globo.
"Amália tem um vulcão dentro dela. Não é frágil. É uma mistura de fogo e terra, mas também sabe ser romântica e ter momentos de delicadeza", adianta a atriz.
A história mistura conto de fadas com ação. Tem uma embalhagem hollywoodiana que se aproxima bastante das séries e filmes que se passam na Idade Média. Mas tem também muito açúcar e humor para conquistar os telespectadores da faixa das 19h, acostumados com comédias nesse horário.
Marina e seus colegas de elenco tiveram aulas de arco e flecha, hipismo, culinária, luta com espada e dança medieval. Como Amália vende caldos na feira do reino de Artena, a atriz também teve de aprender a cozinhar com profissionais no matinal Mais Você, de Ana Maria Braga.
A garota, que começou a atuar aos 9 anos, embarga a voz ao falar que a trama de Daniel Adjafre lhe instiga a ser uma atriz melhor. "Essa é uma profissão em que a gente luta muito pelo que quer, estuda muito, e a cada dia amo mais. Me sinto realizada por descobrir tão cedo o que eu queria da minha vida, e a cada personagem que me dão, vejo como um presente e uma responsabilidade", discursa.
Afonso (Rômulo Estrela) e Amália (Marina Ruy Barbosa): paixão enfrentará preconceito
A ruiva diz até que esse trabalho está mudando sua postura no dia a dia. Por ter de "incorporar" uma mulher determinada e guerreira, ela passou a reagir com força diante de qualquer dilema que apareça.
Mulher atual
Apesar de o folhetim ser ambientado entre 1300 e 1400, a personagem de Marina tem o DNA da mulher moderna, que vai atrás do que quer e é dona do próprio nariz. Isso não acontece à toa, tudo foi muito pensado e discutido entre o autor e o diretor artístico Fabrício Mamberti para que essa mocinha gerasse identificação no público.
Amália é uma plebeia que está comprometida com o vendedor de tecidos Virgílio (Ricardo Pereira). O relacionamento é promissor e toda a família dela acha que ele será um bom marido. Só que ela encontra Afonso (Rômulo Estrela) ferido na floresta e o leva para casa. Salva a vida do desconhecido, sem imaginar que ele será o rei de Montemor, reino vizinho ao seu, Artena.
Surge aí a luta de classes. "As pessoas a recriminam por ser plebeia, mas acho que o amor é capaz de superar tudo e quebrar barreiras e preconceitos. É isso que vamos ver", resume a intérprete da feirante.
Sua condição humilde não a fará abaixar a cabeça para nada, avisa Marina. "Ela tem a oportunidade de virar princesa em um certo momento da trama, mas não aceita porque tem os princípios dela, e receio do que isso pode gerar na sua relação com o homem que ama."
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