Jiddu Pinheiro
Reprodução/Globo
O ator Jiddu Pinheiro interpreta um advogado em 13 Dias Longe do Sol, série da Globo
FERNANDA LOPES
Publicado em 6/1/2018 - 5h23
Jiddu Pinheiro fez muito sucesso no final dos anos 1990 e início dos 2000, quando emplacou uma novela atrás da outra após ganhar fama como o Beto de Chiquititas. Nos últimos anos, no entanto, ele deixou a TV de lado para se dedicar ao cinema e à curadoria de um centro cultural em São Paulo. Agora, nove anos após seu último trabalho em uma emissora, Pinheiro retoma a carreira de ator em 13 Dias Longe do Sol, minissérie que estreia na Globo na próxima segunda (8).
Na série sobre um prédio que cai e deixa pessoas feridas e presas no subsolo, o ator de 41 anos interpreta um advogado que recebe a missão de defender o engenheiro que fez os cálculos para a construção do edifício.
"É uma participação de três, quatro episódios. Fiz um teste e passei. A Globo está investindo em séries, e o público, cada vez mais ligado em produções norte-americanas, também fica acostumado com outro padrão de qualidade, de roteiro, direção, arte e atuação. Isso é muito bom, e ganha quem faz um bom trabalho", diz Pinheiro.
13 Dias Longe do Sol é o primeiro trabalho do ator na televisão desde Vende-se Um Véu de Noiva (2009), do SBT. Nos últimos nove anos, ele participou de filmes como ator e diretor e coordenou as atividades de um centro cultural em São Paulo, onde oferece mais de cem cursos por ano, em áreas como teatro, roteiro, produção, literatura e artes plásticas.
Pinheiro revela que foi informado sobre testes e sondado por Globo e SBT para novelas, mas seu foco de vida era outro.
"Desde muito cedo eu sabia que queria ser ator, e na juventude você está cheio de energia, querendo abraçar o mundo. Eu não tinha muito critério, ia fazendo o que me atraía. Chegou um momento em que eu falei 'peraí'. Quando tinha uns 26 anos, achei que tinha que dar uma parada. Fiquei envolvido em outros projetos, acabei não indo atrás disso [novelas]. Fiquei sem agente também, deixei um pouco de lado", confessa.
"Acho que, ao longo da vida, você vai mudando a relação e o significado que tem com os trabalhos. Vai revendo as razões pelas quais você escolheu uma carreira. Acho que ficar atento a isso só é positivo", completa.
reprodução
Jiddu Pinheiro na época em que fez muito sucesso no papel de Beto, de Chiquititas, do SBT
O garoto de Chiquititas
Durante muito tempo, a carreira de Jiddu Pinheiro teve como referência um personagem: Beto, o jovem e galã irmão da professora Carolina (Flávia Monteiro) em Chiquititas, novela em que atuou de 1997 a 1999.
"Até hoje acontece de alguém lembrar que fiz Chiquititas. Foi maravilhoso, me deram um apartamento na Recoleta [bairro de Buenos Aires, onde a novela era gravada], foi a primeira vez em que morei sozinho, em outro país, tive que aprender outro idioma. Foi uma grande curtição mas também foi um exercício, brincando de fazer um personagem. Foi muito rico para a minha formação", declara.
Além de Chiquititas, ele também atuou em novelas como Pecado Capital (1998), da Globo, Os Ricos Também Choram (2005), do SBT, e Dance Dance Dance (2007), da Band. Hoje, se diz com saudades da televisão e em busca de novas oportunidades.
"Estou muito a fim de voltar a trabalhar como ator, aceito convites e propostas de cinema, teatro, séries, novelas. Estou bem aberto para isso", manda o recado.
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