Ator de Pega Pega rebate homofóbicos nas redes: 'Do respeito não abriremos mão'

Apaixonado por folhetins, Rodrigo Fagundes achou um jeito de quebrar o marasmo da quarentena ao refazer as capas de suas trilhas favoritas ao lado do marido, Wendell Bendelack. As recriações rapidamente viralizaram, e o ator de Pega Pega precisou aprender na marra a lidar com o sucesso nas redes sociais --e inclusive com os haters.

"Quando é muito agressivo, às vezes rebato com força. Eu sei que vivemos num país em que a violência física contra nossa comunidade LGBTQIA+ é muito forte e temos que denunciar, fazer essa gente preconceituosa entender que não queremos a aceitação de ninguém, mas do respeito não abriremos mão. Resistência, direitos e luta sempre", avalia o intérprete ao Notícias da TV.

Ele ainda aponta que rebater um comentário desnecessário, ou mesmo abertamente homofóbico, dá resultado imediato. "O curioso é que a agressão é mais forte nas redes. E, na maioria das vezes, quem me atacou se assusta porque respondi e pede desculpas", pontua.

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Os artistas estão juntos há 18 anos, mas Fagundes frisa que não tem pretensão de ser uma versão de Tarcísio Meira e Glória Menezes:

Acho legal quando ouço que inspiramos alguém, mas não queremos ser modelos de nada. Vivemos um dia de cada vez, não acumulando questões, sem pirar em DRs e, sobretudo, sabendo que um não vai mudar o outro. E assim seguiremos e jamais com esse papo de que somos um só. Acho isso um perigo. É respeito, tesão na vida e um no outro.

Trilha sonora

Com mais de 200 LPs nas estantes, sendo metade de novelas, o humorista não esconde que boa parte deles serviu de trilha para o casal. "Temos músicas marcantes da nossa história. Uma bem cafona que amamos é You're Still the One, da Shania Twain. Não pode ter medo de música brega no amor, não", dispara.

Apesar do fascínio pela dramaturgia, Fagundes demorou a fazer uma produção do gênero. A primeira com um papel fixo foi Babilônia (2015). "Fiquei nove anos no Zorra Total [1999-2015] e não corri atrás porque estava realizado no teatro. Mas tudo no seu tempo. Depois de Pega Pega, tomei gosto e espero fazer mais", explica.

Entre os personagens de seus sonhos, estão o detetive Mário Fofoca (Luis Gustavo), de Elas por Elas (1982), e o Tonho da Lua (Marcos Frota), de Mulheres de Areia (1993). "E a Maria de Fátima [Gloria Pires], de Vale Tudo [1988], por que não?", arremata o comediante.

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