DIAS DE CÃO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Jade Picon em cena de Travessia: atriz novata é massacrada por sua interpretação na novela
Estreante em Travessia, Jade Picon sofre críticas comuns de uma atriz nova na televisão pela falta de naturalidade do sotaque carioca e de expressões em cenas que exigem mais técnicas dramáticas. A influenciadora não é a primeira nem será a última a ser apontada: Adriana Esteves foi apedrejada por sua atuação em Renascer (1993) e até entrou em depressão.
A trama de Benedito Ruy Barbosa não era a estreia de Adriana, mas o público reprovou a interpretação da fogosa Mariana, que se envolvia num triângulo amoroso com os personagens de Marcos Palmeira e Antonio Fagundes. Aos 23 anos, Adriana Esteves viu sua segunda protagonista lhe custar a saúde mental.
"Essa personagem foi dificílima para mim. Tive que me dedicar muito para dar conta do enorme desafio. Mas acho que consegui. Aprendi muito com esse trabalho", disse a atriz em entrevista à Globo, em outubro de 2021.
Com medo de sofrer ainda mais, Adriana terminou as gravações da novela e voltou ao teatro: "Posso dizer que o que me fez querer me jogar nessa aventura teatral foi a necessidade de vida na arte. E foi a novela que despertou em mim essa necessidade".
"Renascer foi uma novela linda, num ambiente baiano. Passamos muito tempo gravando e morando em Ilhéus. A novela tinha elenco e equipe de muitos craques. Uma novela altamente poética, e minha personagem foi riquíssima para mim. Diferente de todos os trabalhos urbanos que já haviam me dado", desabafou.
Ela viveu papéis pequenos que passaram despercebidos ao longo dos anos, mas recuperou a segurança ao viver a vilã Sandrinha, de Torre de Babel (2018). A partir daí, sua carreira deslanchou com grandes interpretações em O Cravo e a Rosa (2000), Coração de Estudante (2002) e Avenida Brasil (2012).
Considerada uma atriz consagrada após 29 anos de Renascer, a eterna Carminha é um exemplo de superação para a ex-BBB se espelhar. Jade não rebate os comentários maldosos e piadas que vê na internet, mas é defendida por Gloria Perez, autora de Travessia, e Mauro Mendonça Filho, diretor da trama.
Artistas que hoje conseguiram uma carreira sólida também chutaram pedras no meio do caminho. Fernanda Lima colecionou fracassos na Globo até se tornar apresentadora no Amor & Sexo (2009-2018). Sua estreia em Desejos de Mulher (2002) foi tão ruim que refletiu nos únicos dois outros trabalhos dela em novelas: Bang Bang (2005) e Pé na Jaca (2006).
Promessa como atriz mirim em 2000, Bruna Marquezine cresceu na mesma leva de Marina Ruy Barbosa e causou emoção com seus papéis em Mulheres Apaixonadas (2003) e América (2005), mas não teve a mesma sorte na fase adulta. Em Deus Salve o Rei (2018), a atuação robótica e nada natural dela pegou mal --hoje ela faz parte do elenco do filme norte-americano Besouro Azul, da DC Comics.
Caio Castro viveu o mesmo problema da ex de Neymar, mas sobrevive como galã em papéis repetidos de homens mulherengos e está no ar em Todas as Flores, do Globoplay. De Malhação (2007), passando por Ti Ti Ti (2010), Novo Mundo (2017), e A Dona do Pedaço (2019), as nuances dos personagens são todas iguais.
Já Fiuk e Sandy começaram na música e tiveram uma curta (e conturbada) passagem pela TV. A cantora se aventurou com o irmão, Junior Lima, na série Sandy & Junior (1909-2002), mas revoltou o público com sua atuação ruim na novela Estrela-Guia (2001).
O filho de Fábio Jr. teve uma estreia típica de novato em Malhação ID (2009), chegou a ser alçado a galã naquela época, mas desapareceu das telas para acabar ofuscado pelo elenco de estrelas em A Força do Querer (2017). Ele desistiu de atuar e foi para o BBB 21.
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