SITUAÇÃO DIFÍCIL
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Fernando Fernandes no No Limite 6: reality vai mal de novo em 2022 e continuidade é ameaçada
A Globo já não tem mais esperanças em relação à temporada 2022 de No Limite, que começou há três semanas. O programa não consegue vender um número considerado bom de cotas de publicidade e tem decepcionado na audiência mesmo com as reformulações na apresentação e no formato. Sua continuidade para a temporada de 2023 ainda será discutida internamente, mas a atração está na corda bamba.
A gota d'água foi na última terça-feira (17), com a transmissão dos jogos da Libertadores da América no SBT. Contra os jogos de Flamengo e Corinthians, o No Limite perdeu por cerca de 30 minutos em São Paulo e no Rio de Janeiro para a TV de Silvio Santos, que vive uma de suas piores fases da história nos números de audiência.
O reality registrou recorde negativo de apenas 14,6 pontos em SP --uma queda de 50% em relação a Pantanal, que marcou média de 28,9 neste dia. Em média, o programa da linha de shows que vem após a trama das nove perde entre cinco e seis pontos para a sua antecessora. O No Limite tem apresentado queda de mais 12 pontos em média.
No entanto, o que frustra a emissora, segundo apurou o Notícias da TV, é a incapacidade do No Limite de se mostrar um programa competitivo, rentável e que repercute nas redes sociais, tal qual é o Big Brother Brasil nos primeiros meses do ano. Mesmo com Pantanal entregando com dados acima dos 30 pontos, o programa tem média até agora de 16,7 na capital paulista.
Se no ano passado teve sete patrocinadores, o No Limite de 2022 só tem dois até o momento. E nenhum deles anunciou na temporada de 2021, tamanha a frustração das marcas em relação à entrega comercial realizada. O Comercial da Globo tenta impedir o prejuízo na correria, porém nenhuma empresa se mostra interessada até aqui.
Mas nem tudo são críticas. A direção da emissora elogia a escolha por Fernando Fernandes, ex-BBB e atleta paralímpico que assumiu o comando do programa. Diferentemente de André Marques, Fernandes demonstra energia e vontade de estar ali. Ele abraçou a chance e se se tornou boa opção para outras atrações.
A escolha do elenco também foi elogiada. O programa ficou mais quente e com mais cara de reality show. No entanto, a Globo vê um desgaste do próprio formato, que já está bem antigo --sua primeira edição foi ao ar em 2000, como primeira atração do gênero da TV brasileira na época.
Nas próximas semanas, a Globo vai discutir se continua com o programa para 2023 ou se o lima de vez da programação. A decisão precisa sair o quanto antes, já que as inscrições precisam ser abertas e a escolha do elenco é demorada. Internamente, a aposta mais forte é de que o reality não estará na grade do próximo ano.
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