NATUREZA PROTAGONISTA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Fernando Fernandes: apresentador comanda o reality de sobrevivência da Globo pelo segundo ano
O No Limite - Amazônia vai resgatar os truques de câmera utilizados em duas produções da Globo que têm a natureza como protagonista: Pantanal (2022) e Terra e Paixão. A estratégia da emissora em ornar o reality de sobrevivência com a atual novela das nove é um reflexo do "efeito agro", que afeta os telespectadores, e também de dar mais destaque às culturas brasileiras que normalmente são excluídas da TV.
A mudança na direção, que passou de Boninho para Rodrigo Giannetto, pesou no momento da "construção de mundo" e dos takes que seriam feitos para a atração, que chega em um novo ano com a missão de resgatar a audiência perdida da última temporada.
A ideia de substituir o Ceará pela Amazônia tem um motivo: mostrar as belezas naturais e exaltar os povos indígenas e ribeirinhos que vivem pela região. Os telespectadores presenciaram esse estilo de cinegrafia e abordagem em Pantanal, novela que colocou as belezas da fauna e da flora do Mato Grosso do Sul para surpreender o público.
No Limite - Amazônia será exibida às terças e quintas, logo depois de Terra e Paixão. A dobradinha dos dois programas é uma boa aposta da emissora. Afinal, quem assiste à trama de Walcyr Carrasco já está acostumado com a fotografia rural, colorida, e ecológica. O susto do telespectador não será tão grande ao ver outro programa que destacará a natureza.
Os primeiros dados do Censo 2022 auxiliaram a Globo a adaptar sua programação para acompanhar o "novo Brasil". Os índices do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram o crescimento de cidades impulsionadas pela economia agrônoma, principalmente na região Centro-Oeste do Brasil.
As chamadas comerciais da atração deixam claro que o objetivo da sétima temporada do No Limite é a imersão. "Extremamente selvagem, radicalmente novo, e vai fazer você se sentir dentro do jogo. Não é sobre vencer a floresta, é sobre se juntar à ela", diz o apresentador Fernando Fernandes.
Em seu primeiro ano à frente do No Limite, Rodrigo Giannetto contou que a equipe se inspirou em sequências parecidas com jogos de videogame. A ideia é fazer com que o público se sinta mais próximo dos participantes, já que os telespectadores perderam o poder do voto popular na final --agora, será feita uma prova entre os finalistas.
"A gente é muito a favor dos twists [reviravoltas]. Trouxemos um estudo com referências de tudo que já foi feito em jogos de sobrevivência. A ideia é que cada episódio seja frenético, com várias reviravoltas. Isso abastece o jogo psicológico, e estaremos sempre tirando os participantes da zona de conforto. Não existe rotina, o jogo sempre vai estar virando", contou ele em conversa com jornalistas da qual o Notícias da TV participou.
"A gente sabe que a Amazônia tem muito a oferecer. A floresta tem muitas possibilidades de alimento, mas, para quem não é da região, se adaptar acaba sendo um desafio, porque nem sempre são opções que eles estão acostumados. Isso vai estar inserido de forma muito natural", completou Gabriel Jacome, diretor de conteúdo da Globo.
A sétima temporada terá menos episódios e participantes: serão 15 competidores, entre anônimos e famosos, e 16 capítulos.
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