Álcool na banheira
Divulgação/Sklárna
Mulher toma banho de cerveja em Sklárna, complexo fica na cidade de Harrachov, na República Tcheca
AVA FREITAS
Publicado em 23/4/2014 - 8h55
Atualizado em 23/4/2014 - 14h55
Depois dos tratamentos estéticos à base de vinho, agora é a vez de outra bebida estrear nesse cenário: a cerveja. A onda começou em spas da República Tcheca e se difundiu pela Europa. Os benefícios de mergulhar o corpo em banheiras com água quente misturada à boa e velha “cerva” seriam melhorar a circulação sanguínea e a maciez da pele, além de uma alegada propriedade cicatrizante do líquido.
Antes de abrir uma latinha e improvisar um banho de cerveja em casa, é melhor ler o que diz o dermatologista Davi de Lacerda, que tem residência em dermatologia pelo Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, nos Estados Unidos, e atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
“O seu uso como técnica relaxante e cosmética está fora do contexto médico. O banho com cerveja tenta veicular a ideia de que vitaminas e outras substâncias, das ervas usadas na bebida, poderiam melhorar a pele, mas não há comprovação científica do seu benefício”, afirma Lacerda.
Segundo o especialista, os banhos mornos em geral, independentemente de conterem alguma substância, tendem a fazer a pressão sanguínea baixar, daí a sensação de relaxamento propagandeada por tratamentos do gênero. Agora, se a pessoa tiver uma lesão na pele, antes de se aventurar no banho de cerveja, deve consultar um dermatologista.
“Com o pH adequado, alguns banhos podem possuir substâncias que diminuem a ação bacteriana e/ou inflamação, tendo efeito de limpeza em algumas lesões de pele. Talvez o banho de cerveja possa ter um efeito semelhante. Vai depender muito da sua composição. O mais importante é que pessoas com lesões de pele perguntem a seus dermatologistas, previamente, se não há problemas específicos em molhar, com a bebida, as regiões afetadas.
Outra consideração importante é que não se banhem juntos indivíduos com lesões de pele que possam ser de contaminação por meio do contato”, fala Lacerda.
O médico recomenda cautela a quem, mesmo sem comprovação científica, queira provar o banho. Primeiro, não exagerar na temperatura para evitar queimaduras. Segundo, não ficar tempo demais na mistura de água com cerveja para não remover excessivamente a gordura da pele. Por fim, não associar ao banho o consumo exagerado da bebida na forma tradicional. “Excesso de álcool faz mal”, finaliza o dermatologista.
Se mesmo assim, você quer arriscar um banho de cerveja, há um spa em Fortaleza que oferece o serviço.
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