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ENTENDA

YouTube muda algoritmo para evitar que fake news se espalhem nas eleições

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Imagem de Jair Bolsonaro (PL) e intérprete de Libras durante live

Jair Bolsonaro (PL) e intérprete de Libras durante live; YouTube ajustou algoritmo para eleições

ERICK MATHEUS NERY

erickmatheusnery.jor@gmail.com

Publicado em 29/8/2022 - 6h35
Atualizado em 31/8/2022 - 17h38

Campeão de denúncias de fake news no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o YouTube fez uma atualização nas suas políticas para evitar que novos conteúdos falsos se espalhem e interfiram no resultado do pleito eleitoral. A plataforma do Google ajustou o sistema de recomendação para que vídeos que possam violar as diretrizes da comunidade não se propaguem, comando que aprimora os algoritmos da rede social.

"Continuaremos trabalhando para limitar a disseminação de informações enganosas e prejudiciais, bem como de conteúdo que esteja no limite do respeito às nossas políticas. Ajustamos o sistema de recomendações para diminuir a visualização de vídeos que chegam perto de violar as diretrizes da comunidade. Nosso objetivo é manter as visualizações de recomendações para conteúdo duvidoso abaixo de 0,5%", afirma Alana Rizzo, gerente de políticas públicas do YouTube, na última carta de atualização das políticas da plataforma, publicada em março.

Com essa atualização, o algoritmo da plataforma é "ensinado" a não recomendar esses vídeos de conteúdo duvidoso aos usuários, o que dificulta a disseminação dessas informações. Assim, mais de 90% dos conteúdos que possam ferir as diretrizes são removidos pelas ferramentas tecnológicas.

Segundo um levantamento divulgado pela GloboNews, até o início de agosto, o TSE já havia recebido mais de 1.800 denúncias de fake news nas redes sociais. Dos conteúdos enviados para a análise das plataformas, mais de 1.700 denúncias eram sobre materiais publicados no YouTube.

Questionada pelo Notícias da TV, a plataforma detalha as últimas ações feitas para evitar que novas fake news se espalhem no ambiente digital: "A identificação desses conteúdos prejudiciais é orientada por quatro princípios, os quais denominamos os quatro Rs da Responsabilidade".

  • removemos conteúdos que violam nossas políticas o mais rápido possível;
  • reduzimos a disseminação de conteúdo que está no limite da conformidade com nossas políticas;
  • recomendamos vozes confiáveis quando as pessoas buscam notícias e informações;
  • recompensamos artistas e criadores qualificados e confiáveis. 

Segundo o Youtube, não são permitidos conteúdos que tentem enganar eleitores com informações falsas sobre horário das eleições, supostas fraudes nas urnas e informações incorretas sobre candidatos e políticos.

Além disso, vídeos que questionem a integridade das eleições também estão proibidos na plataforma. "Essa política mostra o conteúdo exibido após as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020 e após as eleições do ano passado na Alemanha. A partir da última atualização, essa regra será aplicada também às eleições presidenciais brasileiras", comenta a plataforma.

As eleições brasileiras são uma prioridade para o YouTube, e a política de integridade eleitoral proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores após os resultados já terem sido oficialmente confirmados.

Para a reportagem, o YouTube adianta que dois novos painéis informativos serão adicionados na plataforma em breve: um com informações sobre como votar e outro com os resultados oficiais das eleições.


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