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Divulgação/Conmebol
Jogadores do Atlético Nacional, da Colômbia, comemoram o título na Libertadores de 2016
REDAÇÃO
Publicado em 6/2/2017 - 15h09
A Sky decidiu atacar a Fox, que ontem (5) cortou os sinais de seus canais na operadora. Em resposta a assinantes nas redes sociais, a operadora acusa a programadora de pedir um aumento abusivo pelos seus canais e de tirá-los do ar antes do que havia sido combinado.
"Por ora, a Fox retirou seus canais porque a Sky não concordou com o aumento proposto pela Fox, superior à 50%, o que a Sky considerou abusivo e fora da realidade econômica do nosso país. O corte também foi feito pela Fox antes do fim das negociações. Vamos continuar defendendo o interesse dos nossos clientes durante as negociações!", respondeu a operadora, no Twitter, a assinantes.
A Fox não se manifestou sobre o comunicado da Sky, mas, em suas redes sociais e nos intervalos da programação de seus canais, tem dito que o valor que recebe da operadora é menor do que uma xícara de café. Em nota à imprensa divulgada no domingo, a programadora pediu desculpas aos telespectadores da Sky e lamentou não ter chegado a um acordo com a operadora.
Na mesma nota, a Fox argumentou que "as condições comerciais e de distribuição oferecidas pela Sky estão abaixo dos valores de mercado e do valor e relevância do conteúdo que o público elege e desfruta".
As negociações pela renovação de contrato não foram encerradas e uma nova rodada acontece nesta segunda (6). Assinantes afirmaram no Twitter que, ao ligarem para a Sky para cancelarem suas assinaturas, foram informados de que o acerto deve acontecer até o fim de semana.
Com o corte do sinal, a Fox aumenta a pressão sobre a Sky. No lugar dos canais da Fox, a Sky colocou sinais da Discovery.
O impasse entre a Fox e a Sky já se arrasta há algum tempo: no dia 24 de janeiro, a programadora divulgou um comunicado em que lamentava não ter chegado a um acordo "depois de vários meses de negociações" e anunciava o fim da distribuição de seus canais pela operadora no dia 31. No fim do mês, um novo comunicado adiou a data definitiva para sexta-feira (3). Na sexta, o corte foi adiado para esta segunda, mas a Fox se antecipou e o fez ontem.
Além do reajuste do que recebe pelos seus canais básicos (Fox, FX, NatGeo, NatGeo Wild, Fox Sports, Fox Sports 2 e Fox Life são os principais), sem contar as versões HD (alta definição), a Fox negocia com a Sky a inclusão no serviço de seu pacote premium, que conta com o Fox1 e o Fox Action, lançado no início do ano passado.
Em um momento de crise financeira e de queda do número de assinantes, a Sky reluta em assumir novos custos. Sem os canais da Fox, seus assinantes correm o risco de perder os novos episódios de The Walking Dead, a série mais vista no Brasil, que volta ao ar no domingo (12), além de jogos da Libertadores, o principal torneio de futebol da América do Sul.
A Sky não é a primeira operadora a sofrer pressão do grupo Fox: em fevereiro do ano passado, a programadora tirou seus canais da Oi, afetando mais de 1 milhão de assinantes. Voltou ao ar uma semana depois. Em julho, a briga foi com a Net e a Claro, que somam 10 milhões de clientes _na ocasião, o acordo foi feito antes de uma atitude mais drástica.
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