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REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Julius (Terry Crews) em cena de Todo Mundo Odeia o Chris; saiba como não se endividar com streamings
Quem deseja aproveitar os conteúdos dos streamings já percebeu que assinar apenas um serviço não é suficiente. A conta ao fechar pacotes de Netflix, Globoplay, HBO Max, Disney+, Prime Video e outros pode facilmente passar dos R$ 100 por mês. No entanto, com um pouco de organização, é possível desfrutar de tanto entretenimento sem dívidas na cabeça.
"Com serviços de telecomunicações, as pessoas costumam gastar em excesso. Quando digo isso, não é necessariamente gastar mais do que deveria, excesso aqui quer dizer que pagamos por coisas que a gente não usa completamente. Por exemplo, se você faz uma assinatura de um combo com TV, internet e telefone, quantos usam o telefone?", provoca José Leonardo de Campos, cofundador da fintech Plano, ao Notícias da TV.
Na startup de educação financeira, Campos e sua equipe perceberam que, com o avanço das ofertas de streaming, esta falta de aproveitamento dos serviços também passou a existir no mercado digital. "Temos várias plataformas e a cada dia surgem mais, que estão concorrendo pelo mesmo público. As pessoas acabam assinando porque virou uma rotina", comenta.
Segundo os valores avulsos das assinaturas mensais dos streamings, caso uma pessoa deseje adquirir o acesso com duas telas da Netflix, Globoplay, Prime Vídeo, Disney+ e HBO Max, será necessário desembolsar R$ 128,50.
"A maioria das pessoas acaba pagando mais por serviços de streaming do que pagaria por um pacote de TV por assinatura, que muitos deixaram de ter no passado pois viram que os serviços digitais eram mais baratos. Agora, essa conta está se tornando equivalente", destaca o profissional.
O consultor explica que conhecer as opções de cada streaming é o primeiro passo para organizar as assinaturas. "Busque os catálogos que fazem mais sentido para os seus gostos. Com exceções, poucas pessoas vão precisar de três, quatro, cinco serviços. Brincamos que é difícil alguém ter tanto olho para assistir tanta TV", pontua ele.
"Comparamos com restaurantes. Você não precisa entrar em todos os restaurantes do mundo para saber quais pratos vocês querem. As pessoas estão assinando os streamings para terem opções mas, no final, você vai usar um, dois no máximo, principalmente", complementa.
Em seguida, o profissional reforça a possibilidade da divisão das assinaturas, conforme as políticas de cada plataforma. Em síntese, os streamings permitem que os assinantes compartilhem as senhas, desde que isso ocorra entre pessoas que vivem na mesma residência.
"Além de aproveitar as promoções, como os combos entre plataformas, o consumidor pode fazer a conta por tela. Serviços de streaming permitem múltiplas telas, e isso varia conforme a plataforma. Sempre respeitando as políticas, vale a pena dividir com outras pessoas", explica José.
Confira os valores:
Assim, em vez de pagar R$ 128,50, quem opta pelo compartilhamento entre familiares reduz o valor para R$ 64,25 para duas pessoas ou R$ 42,83 para três.
"E todos eles são mensais, ou seja, você não precisa assinar eles o tempo inteiro. Se saiu algum filme que só está em determinada plataforma e você vai 'morrer' caso não veja, você assina um mês, assiste e volta. Tenha um principal e vá circulando entre os outros, conforme a necessidade", aconselha.
Um antigo hábito dos brasileiros pode ser retomado na hora das contas dos streamings: a locação. "Às vezes, é mais barato você não pagar um streaming ou ter um, dois, no máximo, e usar serviços de locação. No plano Premium da Netflix, você gasta R$ 670,80 por ano. Em outras plataformas, como o Looke, YouTube, Google Filmes, a locação de um item custa, em média, R$ 15", afirma José.
"Se você dividir esse valor anual da Netflix por R$ 15, em um ano, você conseguiria alugar por volta de 44 filmes. Às vezes, você consegue assistir ao que quer pagando uma vez, isso faz com que você economize", detalha.
"Um ponto importante é conhecer o seu orçamento. No final, a gente consome o quanto a gente quer consumir. Conheça a sua prioridade e defina um objetivo. Ter ou não, são essas pequenas coisas que podem fazer falta no final do mês. Tem gente chegando a R$ 100, R$ 150 por mês com streaming. Se uma pessoa gasta R$ 50 neste serviços e usa os R$ 100 restantes para montar uma reserva, isso faz a diferença", reforça o consultor.
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