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PARIS-2024

Onde está você, Fátima Bernardes? YouTube resgata meme de Bonner para Olímpiada

REPRODUÇÃO/YOUTUB

Fátima Bernardes sorri para uma selfie em terraço no Rio de Janeiro

Fátima Bernardes em gravação de projeto olímpico; ela fará participação em Podpah especial

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 19/5/2024 - 12h00

Fátima Bernardes terá uma jornada dupla na cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Além de criar conteúdo para o próprio canal, ela fará parte de uma frente mais extensa do Paris é Brasa, parceria do YouTube com a produtora Play9 e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro). O projeto reúne influenciadores, jornalistas e criadores de conteúdo para produzir vídeos sobre o evento.

Cada um deles ficará responsável pelas próprias redes, mas a ideia do projeto é também mesclar o conteúdo dos seus participantes. O centro disso será o Podpah, que contará com um boletim diário de uma hora para atualizar os usuários do dia olímpico. Assim como outros criadores, Fátima gravará cerca de seis a oito participações no programa.

E é aí que um meme bastante antigo virá à tona. Quando a jornalista ainda era âncora do Jornal Nacional, ela costumava se ausentar da bancada para fazer coberturas importantes, como na Copa do Mundo de 2002. À época, ela conseguiu até entrar no ônibus dos jogadores após a vitória contra a Alemanha, que assegurou o título à Seleção Brasileira. Nesses momentos, William Bonner, o outro âncora, costumava chamar as matérias da então esposa sempre da mesma maneira: "Onde está você, Fátima Bernardes?"

Gustavo Serra, sócio e diretor de comunicações da Play9, sugeriu que os apresentadores do Podpah façam o mesmo. "Eles adoraram essa brincadeira!", contou ele. "Então, a gente sempre vai ter essa participação dela no Podpah, entrando em lugares inusitados, inesperados, ou trazendo convidados que serão surpresas para os próprios meninos."

Os conteúdos para o canal da jornalista também já foram definidos pela Play9. De início, foi publicado um vídeo em que Fátima explica sua saída da Globo e a migração para digital. Segundo Serra, essa é uma mudança que ela já planejava havia anos. 

"Ela tem feito transições de carreira de uma forma muito única, sabe? Acho que ela sempre conseguiu se mover e antecipar cenários muito antes de eles acontecerem. Ela saiu do jornalismo e foi para o entretenimento, e, agora, saiu da TV, da mídia tradicional, para migrar para o digital. A gente fica muito feliz de ancorar esse movimento dela a partir desse projeto", diz.

Nova fase na carreira

Agora, antes do início dos Jogos Olímpicos, a apresentadora colocará no ar uma série de entrevistas com medalhistas icônicos, acompanhados de um parente, guru ou mentor. A ideia é revelar as relações afetivas por trás de um esporte de alta performance.

"A gente quer criar uma narrativa prévia nesse canal primeiro, fazer com que ela se aproprie um pouco dessa conversa olímpica, esportiva, para que, quando ela chegar em Paris, possa fazer de seis a oito conteúdos para o canal dela [durante o mês olímpico]", arremata ele. 

Já nos Jogos Olímpicos de fato, a ex-apresentadora do Encontro ficará responsável por tentar entrevistar os medalhistas logo após as vitórias. A ideia é recriar o café da manhã de Ana Maria Braga com os eliminados do BBB, mas numa versão olímpica.

"Se a Ana Maria tem o café da manhã, gente quer fazer um almoço com o medalhista [risos]. A gente quer aproveitar o tempo de qualidade da Fátima com o medalhista para conseguir aprofundar e trazer a visão única dela para contar histórias que só ela sabe contar, sabe? Então, essa é nossa ideia para o canal dela, mas naturalmente ela produzirá shorts [vídeos de curta duração] e conteúdo orgânico [para as redes sociais]", descreve ele.

Thales Almeida, gerente de soluções comerciais para esportes, destacou que a presença da jornalista pode favorecer o objetivo do projeto de fazer os Jogos de Paris furarem a bolha dos fanáticos por esporte.

Ela tem essa capacidade de fazer com que as pessoas contem histórias, por causa dessa veia jornalística de anos de carreira. Com isso, ela extrapola um pouco o esporte, né? Não fala só do desempenho da competição, mas conta a história daqueles medalhistas. Quem são aqueles brasileiros, como eles chegaram ali. Isso fortalece a conexão com os atletas. Porque brasileiro curte esporte, mas gosta mesmo é de ter um brasileiro competindo.

A "veia jornalística" da apresentadora, aliás, é parte do motivo de ela ter se juntado ao grupo do Paris é Brasa. A Play9 viu em Paris-2024 uma oportunidade de concretizar a mudança de carreira dela, enquanto o projeto ganharia em relevância e credibilidade. 

"Ela traz esse recall [termo usado para definir quando alguém é lembrado por alguma coisa] de figura pública da Globo, que está no imaginário popular de todo brasileiro, né? Então, naturalmente, a gente teve mais de 250 matérias relacionando ela ao projeto", crava o sócio da Play9.


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