Em crise, TV por assinatura perde 140 clientes por hora em um ano

A TV por assinatura atravessa uma crise sem igual. Segundo dados divulgados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o setor fechou junho com 16.709.668 clientes, uma perda de 1.231.302 se comparado ao mesmo mês do ano passado. Isso resulta em uma média de 140,5 rompimentos de contratos por hora, ou 2,3 por minuto.

Os números da Anatel apontam que a TV paga está com o número mais baixo de assinantes desde fevereiro de 2013, quando somava 16.665.392 clientes. Na época, o setor estava em franco crescimento e ganhava 200 mil contratos por mês.

BERRINI ONE

Novo canal, CNBC terá sede grandiosa com heliponto e vista panorâmica

LUTO

Morre o cartunista Ziraldo, criador de O Menino Maluquinho, aos 91 anos

Em maio, as operadoras haviam acendido um sinal de alerta por terem fechado o mês abaixo dos 17 milhões de pela primeira vez em seis anos. O movimento de queda, por enquanto, não parece estar em reversão, mas o ritmo de cancelamentos pelo menos desacelerou um pouco.

Em comparação com o mês anterior, o mercado perdeu 113.457 assinantes em junho, uma média de 3.782 contratos por dia, ou 157 por hora. No balanço de maio, 245.593 assinantes haviam cancelado seus contratos. Era a maior queda desde dezembro de 2014, quando 273.398 clientes abandonaram as operadoras.

Mesmo com a baixa, o grupo Claro é líder isolado no mercado. Tem 8.227.823 clientes, o que equivale a 49,2% de todos os contratos. O índice inclui os 6.828.829 assinantes da Net, que agora foram englobados de vez pela gigante.

São Paulo é líder entre os Estados

O Estado de São Paulo continua sendo a unidade federativa com maior número de assinantes. São 6.209.795 clientes, quase o triplo do Rio de Janeiro, segundo colocado com 2.282.457. Apesar disso, 48 mil paulistas cancelaram seus contratos em um mês, contra apenas 14 mil fluminenses.

A quantidade de clientes paulistas que abriram mão da TV paga é maior do que o número total de assinantes em Estados como Acre (29.241), Amapá (18.546) Rondônia (52.122), Roraima (16.283) e Tocantins (40.914).