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ESTREIA NO TELECINE

Samantha Schmütz usa humor para mostrar horror da fome em Não Vamos Pagar Nada

Divulgação/A Fábrica

Edmilson Filho e Samantha Schmütz brincam em cena da comédia Não Vamos Pagar Nada (2020)

Edmilson Filho e Samantha Schmütz são os protagonistas da comédia Não Vamos Pagar Nada (2020)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 15/10/2020 - 6h45

Nesta quinta-feira (15), estreia no canal pago Telecine Premium o filme nacional Não Vamos Pagar Nada (2020), protagonizado por Samantha Schmütz (Vai que Cola). Depois de curta temporada nos cinemas, o longa chega simultaneamente na TV e no streaming. Para a atriz, é positivo que uma produção que utiliza o humor para mostrar os males da fome no Brasil fique disponível em plataformas diferentes.

"Dá uma dorzinha não ver o filme muito tempo nos cinemas, a experiência é outra. Mas o tempo foi legal com o nosso trabalho, no sentido de o lançarmos em uma época difícil como essa. É uma obra que o Brasil precisa, e é necessário falar sobre o assunto", explicou Samantha em entrevista ao Notícias da TV.

Baseado em uma peça do autor italiano Dario Fo (1926-2016), a produção conta a história de Antônia (Samantha), uma mulher desempregada que, indignada com os preços altos do mercado, participa de uma revolta para roubar todos os itens do local.

Na opinião de Samantha, o longa exibe o abismo social vivido no Brasil. "A diferença econômica só cresce. Quem está no poder continua lucrando horrores, e a situação só piora. Estamos indo ladeira abaixo."

Com uma carreira de sucesso fazendo humor, a protagonista sustenta que a comédia é o canal mais viável para tocar o coração das pessoas.

"Gostaríamos de fazer o público entender assuntos importantes conversando de uma maneira leve. Estamos falando de uma coisa muito séria. Queremos que as pessoas entendam o quanto elas estão sendo oprimidas e prejudicadas", afirmou. 

Edmilson Filho, que interpreta João, marido da personagem de Samantha no longa, concorda que uso da comédia para ilustrar uma tragédia social é essencial para que público reflita sobre a situação do país.

"Nós tentamos abordar esse assunto de uma maneira leve, mostrar que existem maneiras de se divertir mesmo existindo a desgraça. Não nós estamos rindo da degraça, ninguém ri. Nós rimos da confusão maluca que isso causa na história, tanto na peça quanto no filme", explicou.

Para o ator, a fábula do filme pode ensinar às pessoas que comer e trabalhar são direitos essenciais do ser humano. "Passar fome não é uma coisa engraçada. As consequências destes personagens, da história, pode mostrar para as pessoas como elas podem melhorar através da comédia."

Apesar de ser inspirada em uma peça dos anos 1970, a trama de Não Vamos Pagar Nada, diz o intérprete de João, é atemporal. "Essa história existe há muitos anos e ainda é relevante nos dias de hoje. Espero que isso sirva de alerta para outras pessoas. Alguma coisa tem de errado, né?".

Confira o trailer de Não Vamos Pagar Nada:


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