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Para ator de One Night in Miami, filme é uma carta de amor aos homens negros

Divulgação/Prime Video

Aldis Hodge sentado em uma cadeira cena de One Night in Miami

Aldis Hodge como Jim Brown em One Night in Miami; ator considera o filme uma carta de amor aos negros

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 17/1/2021 - 6h55

One Night in Miami (2020), longa que marca a estreia de Regina King (Watchmen) na direção de um longa para o streaming, entrou no catálogo do Prime Video na sexta-feira (15) como mais um filme que apresenta uma importante e atual discussão sobre o racismo nos Estados Unidos.

Na trama, quatro ícones negros norte-americanos se reúnem para um franco bate-papo sobre os problemas da sociedade nos anos 1960 e como seus status poderiam ajudar a população afrodescendente do país. São eles: o ativista Malcolm X (Kingsley Ben-Adir), o pugilista Cassius Clay (Eli Goree), o cantor Sam Cooke (Leslie Odom Jr.) e o jogador de futebol americano Jim Brown (Aldis Hodge).

Durante a campanha de divulgação do longa, Regina o descreveu como uma carta de amor aos homens negros e suas experiências, e relatou a importância de contar essa história baseada em eventos reais, principalmente quando a realidade de 50 anos atrás se conecta de maneira tão forte com os dias atuais.

Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, o ator Aldis Hodge disse concordar com a diretora e afirmou que foi esse pensamento que o atraiu para atuar no filme.

"Claro! [A declaração de Regina] É o que eu amo nesse filme. Quando se trata de homens negros, muitas vezes somos vilipendiados por quem somos e como nós nos relacionamos com empatia, compreensão e intelecto. E a compaixão é frequentemente removida por nossa identidade e removida de nossa masculinidade", explicou.

Na opinião de Hodge, o fato de One Night in Miami mostrar quem, de fato, são esses personagens e suas virtudes e defeitos é o que torna toda a sua mensagem ainda mais forte.

"Nesse filme, nós conseguimos expor e mostrar a verdade sobre quem esses homens são como pessoas carinhosas e gentis que estão lutando um pelo outro porque se amam. Nós amamos nossa cultura e nosso povo. Nós sabemos que temos a obrigação de cuidar uns dos outros, e eu amo que foi possível representar essa verdade de quem nós somos", concluiu.

DIVULGAÇÃO/PRIME VIDEO

Kingsley Ben-Amir como o ativista Malcolm X

A ligação entre 1964 e 2020

O ano passado ficou marcado pelo início da crise sanitária do novo coronavírus, mas também pelo movimento Black Lives Matter, iniciado após a morte do negro George Floyd (1973-2020) pelas mãos de um policial branco nos Estados Unidos.

Questionado pela reportagem sobre como One Night in Miami, mesmo situado em 1964, se conecta com nossa realidade atual, Kingsley Ben-Amir disse que o encontro e as conversas entre as quatro lendas são muito importantes para retratar a realidade do racismo, mas que para ele chega a ser difícil de explicar o quanto.

"Eu nunca li nada parecido [com o roteiro]. Para mim, é uma história muito, muito importante. Conscientemente, eu não consegui explicar por que, mas apenas pelo instinto de ser um homem negro ou simplesmente um ser humano. Eu achei um projeto muito importante."

Segundo Ben-Amir, com todos os acontecimentos de 2020 e o início complicado de 2021, com a invasão do Capitólio por parte de apoiadores do atual presidente norte-americano Donald Trump, era muito importante para os produtores lançar o filme agora.

"Nós terminamos de gravar em fevereiro de 2020, antes de George Floyd e da pandemia. Tudo que o mundo viu nesse tempo e nas últimas duas semanas foi realmente insano. Nas palavras de Regina, o tempo desse filme é agora. E foi a mesma sensação que os produtores tiveram. Havia uma urgência para deixar esse filme editado e pronto o mais rápido possível", revelou.

Confira abaixo a entrevista completa com o elenco de One Night in Miami:


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