Nelson Freitas será Eike Batista em filme sobre ascensão do milionário

Nelson Freitas será o responsável por interpretar Eike Batista em um filme sobre a ascensão do milionário que já construiu um patrimônio de 30 bilhões de dólares, mas que acabou preso em um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção. A produção será dirigida por Dida Andrade e Andradina Azevedo.

De acordo com a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o longa será baseado na biografia Tudo ou Nada - Eike Batista e a Verdadeira História do Grupo X, escrita por Malu Gaspar. Mariza Leão e Tiago Rezende assinam o projeto, e as filmagens devem começar em setembro.

Ex-mulher e mãe de dois dos três filhos de Batista (Thor e Olin), Luma de Oliveira ganhou um papel curto no longa e fará uma pequena participação na história sobre as negociatas do empresário com políticos. O filme mostrará ainda o trabalho dos executivos de suas empresas --funcionários que ganharam o nome de "dream team (time dos sonhos)" e "guarda pretoriana".

CRÍTICA

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O jovem ator Paulo Verlings integra o elenco no papel de um empresário ligado ao protagonista. Os último papéis de Nelson Freitas na Globo foram nas novelas O Tempo Não Para (2018) e Malhação: Toda Forma de Amar (2019). Atualmente, ele integra o elenco da Super Dança dos Famosos.

Quem é Eike Batista?

Fundador e presidente do grupo EBX, Eike Batista já teve uma fortuna estimada em 30 bilhões de dólares de acordo com a revista Forbes. Em janeiro de 2017, o magnata que ficou rico explorando, petróleo, gás, logística, energia, indústria naval e carvão mineral foi preso em um desdobramento da Operação Lava Jato e se tornou réu pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em julho de 2013, segundo o ranking da Bloomberg, a fortuna do ricaço diminuiu para 200 milhões de dólares. No ano seguinte, seu patrimônio foi reduzido a um bilhão de dólares negativo. 

Quatro anos depois, em 2017, Eike Batista teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Lava Jato por acusações de ter pago propina de 16,5 milhões de dólares para o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

O milionário foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal), virou réu e cumpriu prisão domiciliar pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

Em 30 de setembro de 2019, Batista foi condenado a oito anos e sete meses de prisão por manipulação do mercado de ações com uso de informação privilegiada para obter vantagem na vendas das ações da OSX na Bolsa de Valores em 2013. Em 2020, foi condenado a outros oito anos de reclusão pela manipulação no mercado de capitais com informações falsas em avisos sobre a OGX.

Neste ano, a 3ª Vara Federal Criminal do Rio condenou Eike Batista a 11 anos e oito meses de prisão pelos crimes de manipulação do mercado de capitais e uso de informação privilegiada. O empresário também foi condenado a pagar R$ 871 milhões de multa, segundo a decisão da a juíza Rosália Monteiro Figueira.