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CRÍTICA

Matrix 4 é bom? Franquia volta 18 anos depois com nostalgia e romance

Divulgação/Warner Bros.

Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss em cena de Matrix Resurrections

Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss em cena de Matrix Resurrections; filme estreia nesta quarta (22)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 22/12/2021 - 6h30

Uma das franquias mais importantes da história do cinema está de volta 18 anos depois de seu último capítulo. Matrix Resurrections (2021), que estreia nos cinemas nesta quarta-feira (22), recupera os icônicos personagens Neo (Keanu Reeves) e Trinity (Carrie-Anne Moss) em uma trama banhada em romance e nostalgia.

Quando o quarto filme da saga de Neo foi anunciado, muitos fãs se perguntaram: "Precisa disso?". Matrix foi um divisor de águas para o cinema em termos de efeitos especiais e narrativa inovadora, e mexer com o cerne de uma franquia tão importante poderia ser um grande tiro no pé.

Para que o longa não cometesse as mesmas falhas de inúmeros reboots e remakes espalhados pela cultura pop, Lana Wachowski, codiretora da trilogia original, retorna ao posto --desta vez sozinha-- para contar o novo capítulo desta história. Ter alguém que conhece este universo no comando criativo era essencial para, pelo menos, evitar um fracasso.

Ciente disso, Lana encontrou justamente na falta de necessidade de o filme existir uma justificativa para entregar aos fãs uma nova imersão neste universo. Ao mesclar nostalgia com autorreferências, Matrix Resurrections questiona a busca pelo conforto em reboots e sequências e o descaso com ideias originais.

DIVULGAÇÃO/WARNER BROS.

Neo usa seus poderes de O Escolhido

Neo usa seus poderes de O Escolhido

O quarto filme se passa muitos anos depois dos eventos de Matrix Revolutions (2003). Neo, ou Thomas Anderson, vive uma vida mundana em São Francisco, nos Estados Unidos, como programador de games. Bem-sucedido, ele se tornou uma lenda em sua área ao criar o game Matrix, cuja história, mal sabe ele, foi baseada nas memórias do seu passado.

Apesar do sucesso no trabalho, Thomas enfrenta dificuldades na vida pessoal. O protagonista faz sessões frequentes com um psicólogo (Neil Patrick Harris) para tentar entender se os flashes que costuma ter seriam visões ou delírios. A recomendação? Tomar quantidades cavalares de uma pílula azul --na história da franquia, o comprimido que mantém as pessoas dentro da Matrix.

Thomas também se encanta por Tiffany (Carrie-Anne Moss), bela mulher que frequenta a mesma cafeteria que ele. Os dois sentem uma atração inexplicável que causa a sensação de que eles já teriam se visto antes. Contudo, ela é casada e mãe de dois filhos, situação que impede qualquer aproximação.

Quando o sócio de Thomas, Smith (Jonathan Groff), o aborda sobre a demanda por um novo jogo de Matrix, o protagonista entra em uma espiral de tédio e apatia criativa, que é inesperadamente quebrada quando ele é abordado por dois estranhos: Bugs (Jessica Henwick) e um homem que se autodenomina Morpheus (Yahya Abdul-Mateen II).

divulgação/warner bros

Yahya Abdul-Mateen II é o novo Morpheus

Yahya Abdul-Mateen II é o novo Morpheus

Fator que afastou parte do público da trilogia inicial, a trama complexa e cheia de dados dá lugar a uma narrativa que se baseia quase que inteiramente no amor entre Neo e Trinity. Os diálogos cheios de expressões difíceis e explicações à exaustão continuam, mas o quarto capítulo carrega aquela simplicidade que tornou o primeiro longa bem mais acessível.

Para um filme que precisa explicar como seus dois protagonistas ainda estão vivos e outros personagens importantes ganharam novos rostos, Matrix Resurrections faz um ótimo trabalho ao simplificar tais questões. Mesmo sendo uma sequência inesperada, o longa avança na narrativa e enriquece ainda mais o universo criado pelas irmãs Wachowski.

É surpreendente ver como, mesmo 18 anos depois, Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss retornam aos seus papéis com naturalidade. O casal que marcou época na trilogia está de volta, com as mesmas características e intensidade. Do elenco de novatos, Jonathan Groff, Neil Patrick Harris e Jessica Henwick se destacam como as melhores adições à franquia.

Matrix Resurrections é uma sequência que faz refletir sobre escolhas, livre arbítrio e o que é real ou não, em uma época na qual o público se prende em tecnologias e razões para deixar de acompanhar o mundo à frente de seus olhos. Somam-se a isso ações e efeitos de tirar o fôlego, e a franquia ganhou um novo capítulo à altura de sua icônica trilogia.

Assista ao trailer de Matrix Resurrections:

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