Iemanjá virá super-heroína em filme do diretor de A Era do Gelo e Rio

Ícone do sincretismo brasileiro, Iemanjá vai virar super-heroína no cinema. O diretor brasileiro Carlos Saldanha (de A Era do Gelo e Rio), indicado a dois Oscars, vai levar elementos do candomblé para o universo dos personagens poderosos que arrecada bilhões de dólares no mundo todo.

Uma parceria da Warner Bros. Pictures com o Ventre Studio (que tem como um dos sócios o empresário Marcus Buaiz, marido de Wanessa Camargo), Iemanjá - Deusa do Oceano vai contar a história da orixá adorada pelos brasileiros, também conhecida como a Rainha do Mar. Com Ogum, o Deus da Guerra, como mentor, Iemanjá tenta entender seus poderes ao enfrentar Iansã, orixá cultuada como Deusa das Tempestades.

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Saldanha, além de dirigir, ajudou na criação do projeto --ele também está por trás de Cidade Invisível, série da Netflix que leva o universo do folclore para o mundo real. "A Iemanjá é um símbolo para todo o Brasil, independentemente da religião ou crença de cada um. Nós acreditamos no poder dessa figura, parte da nossa herança ancestral, que tem tudo para cativar o público ao redor do globo da mesma forma que os deuses gregos, romanos, persas ou escandinavos", explicou ele em nota à imprensa.

A atriz Camila Pitanga também está envolvida no projeto, a princípio apenas como produtora executiva. "Para mim, é uma alegria infinita falar de um projeto que envolve pessoas que eu adoro e estou adorando trocar. Evocar uma das figuras mais queridas da nossa ancestralidade, uma divindade que, tenho certeza, vai abençoar esse projeto e fazer com que ele alcance uma voz que possa chegar em todos os cantos do mundo e falar com os jovens do mundo. Uma alegria, uma responsabilidade e uma vibração muito bonita."

A equipe criativa conta ainda com Ivan Reis, quadrinista de sucesso internacional que já trabalhou em histórias do Superman, da Mulher-Maravilha, do Aquaman e da Liga da Justiça. Ele será o responsável por definir o visual dos personagens de Iemanjá - Deusa do Oceano.

"As possibilidades criativas são imensas, e fazer parte disso é uma honra. Minha mãe era mãe de santo, e eu cresci em uma casa ligada ao candomblé, sei que Iemanjá já é conhecida e reverenciada por todo o país e usar sua mitologia como influência na criação de um mundo de super-heróis é algo que mal posso esperar para ver ganhar vida."

O longa ainda não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros.