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NINGUÉM É DE NINGUÉM

Habituado a galãs, Danton Mello sofreu para viver marido abusivo em filme

Reprodução/Cinética Filmes

Danton Mello aponta arma em cena do filme Ninguém É de Ninguém

Danton Mello em cena de Ninguém É de Ninguém; ator vive marido abusivo e ciumento em filme

ANDRE ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 22/4/2023 - 6h30

Veterano da TV e do cinema, Danton Mello está habituado a interpretar galãs e personagens "do bem" em suas produções. Mas em Ninguém É de Ninguém (2023), filme que entrou em cartaz na última quinta-feira (20), o ator de 47 anos dá vida a um vilão que lhe deu trabalho.

No longa, Mello interpreta Roberto, um homem machista e abusivo que faz da vida da mulher Gabriela (Carol Castro) um verdadeiro inferno. Surtado de ciúme, ele tenta sabotar o trabalho da parceira e chega a recorrer a forças sobrenaturais para prendê-la a seu lado.

Ao olhar do cidadão comum, Roberto é o tipo de pessoa desprezível com quem ninguém gostaria de se associar. Violento e de atitudes tóxicas, ele é um personagem que exige muita entrega e energia de quem o interpreta. E foi assim com Danton Mello.

Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, o ator detalhou a experiência de viver pela primeira vez um vilão como o de Ninguém É de Ninguém. Ele precisou do auxílio de seus companheiros para liberar a energia negativa necessária para encarnar alguém como Roberto.

"A gente ficava com aquela vivência ali ainda", disse Mello, sobre a experiência como Roberto no set do filme. "Eu muitos momentos o Wagner [de Assis, diretor] e a Carol [Castro] vinham e falavam: 'Calma, respira, você não é o Roberto. Você não é ele, e ele não é você'."

"Esse é o nosso trabalho, né? A gente se entrega e vive esse personagem. E é a primeira vez que eu vivi um personagem assim, eu até acho que o público vai se surpreender, porque meu histórico é de mocinhos e galãs. Agora é a primeira vez que eu interpreto alguém com essa intensidade, e foi bem maluco", continuou.

DIVULGAÇÃO/CINÉTICA FILMES

Rocco Pitanga e Wagner de Assis

Rocco Pitanga e Wagner de Assis no set

De acordo com Danton, viver Roberto exigiu tanto de seu corpo que muitas vezes ele levava a tensão do personagem para casa. Foi necessário muito trabalho interno e externo para se livrar de toda essa energia "tóxica".

"Eu demorei para deixar para trás. Acabando o dia de filmagem, eu entrava em casa, ia tomar banho e chorava no banheiro. No set, também era difícil. Eu demorei alguns dias depois de acabar os trabalhos para falar: 'Caramba, esquece, ficou para trás'. Porque é muito intenso, e o Roberto é muito detestável. É um exemplo de homem que não deveria existir na humanidade."

A entrega de Danton Mello foi tanta que chamou a atenção de seus parceiros de cena. Rocco Pitanga, intérprete de Renato --chefe de Gabriela que desperta ciúme de Roberto em Ninguém É de Ninguém--, encheu o trabalho do colega de cena de elogios.

"Como colega de trabalho, é muito bonito assistir a uma entrega assim. A gente critica muito esse tipo de cidadão na sociedade e, no momento seguinte, precisa interpretar esse cidadão. É um conflito interno em que você pensa: 'Eu não vou fazer isso, mas ele [personagem] é isso'. E aí você tem que mergulhar nesse sujeito que é deplorável e você não quer nem perto de seus filhos e suas filhas", completou.

Assista ao trailer oficial de Ninguém É de Ninguém:


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