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JASON PRIESTLEY

Galã de Barrados no Baile encara incesto e sociopatia em filme para esquecer Covid-19

Fotos: Divulgação/Lifetime

Jason Priestley em cena da saga dos Casteel

Jason Priestley em cena da saga dos Casteel, disponível on demand no Lifetime Play

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 14/7/2021 - 6h40

Famoso mundialmente por ter vivido o mocinho Brandon Walsh em Barrados no Baile (1990-2000), Jason Priestley surge bem diferente nos cinco filmes da saga Casteel, feitos para o canal Lifetime e já disponíveis on demand. Na pele de Tony Tatterton, o ator de 51 anos mergulha na sociopatia para dar vida a um empresário mau-caráter envolvido até em uma relação incestuosa. Para ele, os longas são o "guilty pleasure" (prazer culposo, em tradução literal) perfeito para quem precisa se distrair da pandemia de Covid-19.

"Nós gravamos os filmes antes da pandemia, e eles foram exibidos nos Estados Unidos antes, foram todos muito bem-sucedidos, mas acho que o momento que vivemos agora os torna um entretenimento ainda melhor. Todo mundo precisa de escapismo", defende o ator ao Notícias da TV.

Para Priestley, ter algumas horas para se esquecer dos problemas e poder mergulhar em uma história com pegada de novela é o passatempo ideal. "A pandemia certamente adicionou novos problemas ao nosso cotidiano, então acho importante e até terapêutico poder escapar disso."

A saga dos Casteel conta a história de Heaven (Annalise Basso), a mais velha de cinco irmãos que vivem em extrema pobreza nos Estados Unidos. Sem dinheiro para criar os filhos, o patriarca os vende para famílias diferentes. A protagonista vai morar com o avô, Tony (Priestley), um homem rico, mas cheio de mistérios.

É um papel muito desafiador, porque a história é contada durante 35 anos, é um personagem difícil, com tendências de sociopatia e incesto, tem uma questão de alcoolismo, é muita coisa. O produtor sabia que precisava encontrar um ator que tivesse uma certa simpatia com o público para tornar esse personagem palatável mesmo com ele fazendo coisas nada agradáveis.

Como a história avança no tempo a cada filme, Jason Priestley abre mão da vaidade para interpretar Tony ao longo de décadas, em um processo de maquiagem que o envelheceu 35 anos. Ele conta à reportagem que a caracterização levava até três horas no início do dia, e que depois do trabalho demorava mais 60 minutos para voltar ao normal.

"Era um processo demorado. Mas valeu a pena, porque a maquiadora Pearl Louie fez um trabalho incrível. Eu gosto de desafios assim", resume o galã dos anos 1990. "Meu ego não sofreu por me ver mais velho na TV. Na verdade, eu adorei a oportunidade de fazer isso."

Ator aparece 35 anos mais velho em filme

Se a maquiagem ajudou a encontrar o personagem, justificar algumas das atitudes de Tony se mostrou uma tarefa bem mais complicada. "Como ator, você precisa estar apaixonado pelo seu personagem. Eu fiquei lembrando a mim mesmo que tantas pessoas por aí fazem coisas horríveis, mas acham que estão fazendo a coisa certa e assim conseguem justificar suas ações."

"Como ator, você precisa descobrir a psicologia por trás do que os personagens estão fazendo e por que tomam essas decisões. Tem muito dever de casa e pesquisa psicológica para fazer e entender o seu papel. Foi esse trabalho que eu fiz enquanto intérprete para viver Tony", conta.

Bem-humorado, Priestley aproveitou o bate-papo com o Notícias da TV para relembrar as experiências que teve no Brasil --ele visitou o país para gravar o filme Zoom (2015), do diretor Pedro Morelli (disponível no Globoplay).

"Eu gravei uma parte do filme em Toronto [no Canadá] e outra no Brasil, em São Paulo, Trindade e Paraty. Foi uma experiência incrível viajar. Eu pude trabalhar com Mariana Ximenes, que é incrível, e nos divertimos muito fazendo. Uma das minhas lembranças favoritas foi conhecer a cidade de Paraty. É patrimônio cultural da Unesco, e mantém o visual que tinha nos anos 1600, quando os portugueses chegaram lá e construíram a cidade. É um lugar especial, e todo mundo deveria visitar. É um lugar mágico."

A autora V.C. Andrews

Os filmes da família Casteel são baseados nos livros da escritora Virginia Cleo Andrews, mais conhecida como V.C. Andrews (1923-1986), que vendeu mais de 100 milhões de cópias e foi publicada em mais de 20 idiomas.

As obras de V.C., aliás, inspiraram outra saga longas do canal Lifetime: a dos Landry, cujo primeira produção, Ruby, estreia nesta quarta-feira (14), às 21h. As continuações serão exibidas ao longo do mês, sempre no mesmo horário: Pérola na Névoa vai ao ar no sábado (17); Brilho Oculto, no dia 21.

Último filme da saga, A Joia Secreta estreia na programação no dia 24, às 21h, depois de uma maratona com os três filmes anteriores, que começará às 15h50. Após a conclusão da história dos Landry, às 22h45, o Lifetime exibe Os Sonhos de Heaven, o primeiro capítulo da história dos Casteel.

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