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Eddie Murphy apela para a nostalgia e convence em Um Príncipe em Nova York 2

FOTOS: Divulgação/Paramount Pictures

Eddie Murphy e Arsenio Hall em cena de Um Príncipe em Nova York 2

Eddie Murphy e Arsenio Hall em Um Príncipe em Nova York 2; estreia nesta sexta (5) no Prime Video

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 5/3/2021 - 6h50

Mais de 30 anos depois, Eddie Murphy está de volta ao reino de Zamunda em Um Príncipe em Nova York 2, sequência do filme de 1988 que se tornou um clássico na carreira do ator. Ciente da responsabilidade de apresentar uma continuação à altura do original, o astro apela para a nostalgia e convence de que a espera valeu a pena.

Estrelar sequências para seus filmes de sucesso não é uma novidade na carreira de Murphy. Mesmo assim, o astro muitas vezes se mostrou relutante quando questionado se tinha interesse em reviver o príncipe Akeem, um dos personagens mais icônicos de sua trajetória.

A oportunidade surgiu quando a Paramount Pictures, detentora dos direitos do longa original, finalmente oficializou um acordou para a produção da sequência. A empolgação, no entanto, tornou-se preocupação quando a crise sanitária do novo coronavírus assolou o mundo e obrigou os cinemas a fecharem as portas.

A solução encontrada foi olhar com carinho para o crescimento dos serviços de streaming. Sem a possibilidade de levar o público às telonas, o estúdio negociou os direitos da continuação com o Prime Video, plataforma que já havia se aproveitado da mesma estratégia ao adquirir o sucesso Borat: Fita de Cinema Seguinte (2020).

Deste modo, os fãs de Murphy --e do príncipe Akeem-- ganharam a possibilidade de rever personagens queridos diretamente do conforto de suas casas, preocupando-se apenas se a espera de longos 33 anos seria recompensada.

O príncipe Akeem retorna à Nova York

Demorou, mas valeu

Um Príncipe em Nova York 2 pode ser descrito como uma mistura de continuação e remake. Para o espectador que decidir reassistir o filme original pouco antes de dar play no Prime Video, a experiência será ainda mais completa e satisfatória.

A trama se passa 30 anos depois da viagem que levou Akeem (Murphy) e Semmi (Arsenio Hall) ao bairro do Queens, em Nova York. Mais maduro, o príncipe vive em seu palácio ao lado do amor de sua vida, Lisa (Shari Headley), e suas três filhas: Meeka (Kiki Layne), Bella Murphy (Omma) e Akiley Love (Tinashe).

Logo nas primeiras cenas, o diretor Craig Brewer mostra que fez a lição de casa. Toda a sequência inicial de Um Príncipe em Nova York 2 faz singelas homenagens e traz inúmeros easter eggs do longa original. O acordar dos soberanos, o café da manhã em família, os treinos de luta ao ar livre: tudo está ali mais uma vez.

O pontapé inicial para o desenvolvimento da história é a chegada do general Izzi, personagem de Wesley Snipes, completamente à vontade em cena como o militar fanfarrão líder de Nexdoria, o reino vizinho. Ele é o irmão da noiva prometida a Akeem no primeiro filme e que vem para cobrar a dívida pelo casório nunca realizado.

Os problemas de Akeem aumentam quando seu pai, o rei Jaffe Joffer (James Earl Jones), o avisa que, se ele não tiver um filho homem para assumir o trono após a sua morte, Izzi irá invandir Zamunda com o seu exército. Para o seu alívio (e desespero), o conselheiro real o avisa da existência de um filho bastardo que foi consumado e esquecido em Nova York durante a sua viagem no passado.

Ao lado de seu fiel escudeiro Semmi, Akeem decide voltar aos Estados Unidos para encontrar o herdeiro perdido e trazê-lo de volta à África para salvar sua família e o seu povo querido de Zamunda.

Barbeiros mais queridos do Queens voltam

Quase todo o elenco de Um Príncipe em Nova York retorna para a sequência, entre participações menores e outras mais importantes. Como no filme original, Murphy e Hall não interpretam apenas Akeem e Semmi, trazendo de volta diversos personagens que fizeram sucesso nos anos 1980, como os barbeiros Clarence e Morris --que já pareciam idosos na época e surgem parados no tempo no segundo longa, mas não menos engraçados.

Outro ponto positivo da continuação é a adição de Leslie Jones e Tracy Morgan como parte dos novatos da franquia. A atriz interpreta Mary, mãe de Lavelle (Jermaine Fowler), o filho perdido de Akeem, enquanto o veterano comediante vive Reem, o tio folgado do novo príncipe.

Leslie, assim como Wesley Snipes, rouba todas as suas cenas e é a principal responsável por trazer o humor de um filme que busca tantas inspirações em piadas datadas para os dias atuais. Sua Mary bebe, xinga, transa e fala besteiras que dificilmente se veria uma personagem feminina dizer em um filme popular dos anos 1980.

Tão agradável quanto o primeiro longa, Um Príncipe em Nova York 2 prova-se uma homenagem à altura do legado de Eddie Murphy e a sequência que os fãs tanto aguardaram. Do humor besta às lindas coreografias e fantasias do povo de Zamunda, assistir ao filme pode ser uma doce e agradável experiência pela nostalgia tão buscada na cultura pop atualmente.

Assista ao trailer dublado de Um Príncipe em Nova York 2: 


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