Desejo Proibido: Com galã de 365 Dias, filme peca com cenas picantes fracas

Nesta quinta-feira (6), estreia nos cinemas Desejo Proibido, filme polonês dirigido por Tomasz Mandes, o mesmo nome por trás da saga 365 Dias da Netflix. O longa-metragem promete ser mais um do gênero que se apoia em cenas de sexo intensas, mas falha em seu propósito de agradar ao público, com uma trama arrastada.

O longa-metragem tem pouco mais de duas horas e acompanha Olga (Magdalena Boczarska), uma juíza que se dedica demais à filha Maya (Katarzyna Sawczuk), e Maks (Simone Susinna), um italiano sedutor que conhece em um de seus casos. 

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Os dois têm 15 anos de diferença, mas, sem muito contexto, já engatam uma relação passional e carnal muito forte, totalmente baseada no sexo. A falta de profundidade da trama já é algo que se espera de filmes do gênero, mas é decepcionante o quão apressada é a narrativa, que joga de uma vez cenas explícitas na cara do espectador. 

Mesmo com claras diferenças sociais e de idade, Olga e Maks se completam de alguma forma, para além do desejo carnal. O roteiro, porém, não explora isso de maneira concreta, nem mesmo o grande plot twist do longa-metragem é tão convincente assim.

O exagero nas cenas de sexo distancia Desejo Proibido de filmes como 50 Tons de Cinza (2015), que pelo menos costuram misturar uma história minimamente coerente com cenas mais sensuais, e o equiparam mais ao apelo de 365 Dias --dá para ver, porém, que o diretor nem tentou fazer nada novo por aqui. O novo longa de Tomasz Mandes pode ser facilmente colocado na categoria de soft porn, com uma óbvia glamurização do sexo, assim como a trilogia famosa da Netflix. 

O problema, porém, é que como drama erótico o filme também não funciona muito bem. Apesar da visível química dos atores em cena, Desejo Proibido falha na hora de trazer cenas de sexo de impacto. Daí em diante, ele fracassa em tudo o que se propõe e não oferece nada além de cenas sexuais aleatórias, que estão longe de despertar desejo.

Assista ao trailer: