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PRISCILA SZTEJNMAN

Atriz de Vai na Fé é proibida de sorrir em filme de drama familiar; saiba motivo

Divulgação/Pandora Filmes

Priscila Sztejnman está séria em uma estação de trem alemã em cena do filme Segundo Tempo

Priscila Sztejnman em cena do filme Segundo Tempo; atriz pensou até em dilatação da pupila

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 20/3/2023 - 6h25

No ar como a personal trainer Helena da novela Vai na Fé, a atriz Priscila Sztejnman encara um desafio bem diferente no filme Segundo Tempo, em cartaz nos cinemas desde a última quinta-feira (16). Na produção dirigida por Rubens Rewald, ela dá vida a Ana, uma jovem que entra em depressão após a morte do pai. Para a interpretação ter mais peso, a artista foi proibida de sorrir em frente às câmeras.

"A Priscila é uma pessoa completamente diferente da personagem. Ela é luminosa, tem um sorriso que, quando abre, ilumina o ambiente todo. Então eu proibi a Pri de sorrir. Falei: 'Não pode mostrar os dentes' (risos)", conta o diretor em conversa exclusiva com o Notícias da TV. "É claro que até uma pessoa deprimida tem os seus momentos de sorrir, mas eu a proibia completamente."

Só que a "censura" aos dentes da atriz acabou criando obstáculos para a produção. "A Pri às vezes ficava brava comigo, porque tinha feito uma cena ótima e eu falava: 'Não, vamos de novo porque você sorriu lá no meio'. Mas ela já tem uma melancolia no olhar, né? Então tinha essa construção interna que dava muito peso para a personagem e para o filme", entrega o cineasta.

Também roteirista --seria dela uma temporada de Malhação (1995-2020) que acabou cancelada pela Globo antes mesmo de começar a ser gravada--, Priscila descobriu uma maneira além do sorriso para retratar nas telonas a depressão de Ana. "Eu ficava de óculos escuros o tempo todo no set, antes de começar a filmar. Porque, como a Ana está sempre em ambientes escuros, isso muda a pupila do olho, transforma o seu jeito de olhar a vida."

"Se você vive enfurnada no seu quarto, com tudo apagado, sem acesso à luz, aquilo se reflete no seu corpo. Então eu ficava de óculos escuros, porque eu não queria estar ativa antes de entrar no estado da Ana. Fazia uns exercícios de respiração também, para diminuir meu ritmo. Tudo ali é o meu oposto: eu estou muito viva e acordada; a Ana é letárgica, dá vontade até de sacudi-la, porque a depressão incomoda quem está por perto", aponta Priscila.

Ao longo de Segundo Tempo, Ana vai se transformando. Ela e o irmão, Carl (Kauê Telloli), decidem viajar à Alemanha para investigar o passado do pai, que saiu do país europeu e veio para o Brasil em busca de um recomeço. Aos poucos, eles descobrem segredos que jamais desejariam desenterrar. Apesar de momentos difíceis, Ana começa a encontrar novas alegrias em sua vida --a ponto de terminar o filme com o tão aguardado sorriso.

"Quando a gente exibiu Segundo Tempo [no Festival do Rio], uma menina veio falar comigo depois. Ela disse: 'Eu já estive no lugar da Ana, me identifiquei e queria muito saber o que acontece na vida dela depois do filme, para eu me inspirar, porque eu já vivi isso também'. Aquilo me emocionou de um jeito, fez valer toda a minha pesquisa, o meu mergulho na depressão", lembra Priscila.

A atriz também ressalta que sofreu para que o público não tivesse raiva da personagem. "Era muito difícil ela não ficar chata, porque a Ana está em um lugar de apatia, as coisas não a afetam mais. E isso é complicado, né? Porque, quando você vai para a raiva, para a tristeza, são sentimentos de potência, você expõe aquilo, coloca para fora. A Ana está indiferente à vida, não se importa mais com o outro, com as coisas dela, com o mínimo da vivência, comer, tomar banho... Mas ela precisava ir para esse lugar escuro para poder pegar um impulso e alçar o seu voo", aponta.

Segundo Tempo já está em cartaz nos cinemas. Confira o trailer da produção:


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