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Amor Estranho Amor: Saiba onde assistir ao filme polêmico de Xuxa online

REPRODUÇÃO/CINEARTE

Xuxa Meneghel em cena do filme Amor Estranho Amor, de 1982

Xuxa Meneghel em cena de Amor Estranho Amor, de 1982: buscas pelo polêmico filme aumentaram

DENNIS PAGI E VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 4/11/2020 - 6h45

O pedido de Xuxa Meneghel para que as pessoas assistissem ao filme Amor Estranho Amor (1982) fez com que as buscas pelo polêmico longa disparassem nos mecanismos de busca da web. O problema é que a produção não está disponível em serviços de streaming ou plataformas online para compra ou aluguel.

A comercialização do filme se tornou proibida em 1991, em decisão do então juiz de primeiro grau Luiz Fux, atualmente presidente do Supremo Tribunal Federal. Por isso, nem mesmo empresas como o Canal Brasil, que reúne um grande acervo de produções brasileiras exibidas no século passado, têm o longa disponível em seu catálogo.

O motivo para esse sumiço, até mesmo das prateleiras virtuais, é simples: além de entrar com a petição na Justiça na década de 1990, Xuxa foi dona dos direitos de exibição de Amor Estranho Amor durante 30 anos, período em que pagou cerca de US$ 60 mil dólares anuais (o que equivale a R$ 345 mil em valores atuais) para a distribuidora (a Cinearte Produções) não colocá-lo em circulação.

A apresentadora tinha 18 anos quando fez o longa. Ela trabalhava como atriz e modelo e ainda não havia se tornado a rainha dos baixinhos da TV. No filme da década de 1980, a artista interpretava uma menina de 15 anos que era vendida para um prostíbulo.

Dentro da trama, a personagem de Xuxa tinha uma relação com um menino de 12 anos, interpretado por Marcelo Ribeiro, com quem ela chegou a contracenar nua. "As pessoas levantam essa bandeira: 'Ah você transou com um garoto de 12 anos num filme'. Eu não transei, aquilo é ficção. Se não o Arnold Schwarzenegger deveria estar preso porque matou um monte de gente nos filmes dele", disparou ela ao Fantástico no último domingo (1º).

Desde que fez o filme, principalmente depois de ficar famosa, ela passou a conviver com comentários de que era pedófila por ter feito a obra. Sofreu com esse tipo de acusação pública recentemente, por parte de Sikêra Jr. --ela processou o apresentador da RedeTV!.

Foi para evitar esse tipo de comentário, que ainda é feito mesmo 38 anos depois do lançamento da obra, que a artista ficou durante três décadas lutando para esconder Amor Estranho Amor. Mas desistiu e mudou radicalmente de postura em 2018, quando parou de pagar pelos direitos e liberou o filme.

Neste ano, em uma nova alteração de postura, começou a pedir para as pessoas assistirem ao longa. "Quem não viu o filme, por favor veja. Fala de uma coisa muito atual, a exploração infantil. Isso é a realidade de muita gente. Muita criança ainda é vendida. Isso tem que ser falado", discursou ao Fantástico.

Com o pedido de Xuxa, as buscas relacionadas ao filme tiveram um aumento repentino na web. No Google, os termos "Amor Estranho Amor, de 1982" e "Filme completo Amor Estranho Amor" tiveram um crescimento de até 5.000% na última semana.

As pessoas que fizeram a pesquisa, no entanto, não encontraram o longa. Mesmo com a liberação de Xuxa, ele segue fora dos serviços de streaming, do YouTube, do Dailymotion ou da programação de canais de TV.

O espectador interessado em assistir à Amor Estranho Amor precisa se arriscar em sites piratas ou em plataformas como Streamio, um serviço gratuito e não oficial, baseado em código aberto (o chamado torrent). Para acessá-lo, é necessário fazer um cadastro com Facebook ou com uma conta de e-mail, o que pode ser arriscado para pessoas preocupadas com a segurança dos dados.

Além disso, serviços que não são legalizados trazem riscos de vírus aos aparelhos. Os usuários que aceitam correr o risco para assistir Amor Estranho Amor encontram versões do Stremio para download no Google Play, Apple Store, Windows, Mac e Linux.

Em julho, Xuxa já havia falado em entrevista ao programa OtaLab, do UOL, para as pessoas assistirem ao filme dirigido por Walter Hugo Khouri (1929-2003) e produzido por Aníbal Massaini Neto, que tenta recolocar o longa em circulação. Assista à fala da apresentadora abaixo:


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