SÃO PAULO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Porta de uma das estações da Linha 10-Turquesa após paralisação da CPTM e Metrô nesta terça (3)
Trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) entraram em greve na madrugada desta terça (3). As categorias definiram a paralisação em protesto à privatização das companhias.
Em decorrência da greve, o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), declararam ponto facultativo. O rodízio de automóveis também foi suspenso --a Zona Azul, porém, segue funcionando normalmente.
A previsão é de que a greve dure 24 horas. De acordo com o governo de São Paulo, a situação na manhã desta terça é a seguinte: estão fechadas as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, do Metrô; 15-Prata, do monotrilho; 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM.
Funcionam parcialmente as linhas 7- Rubi (de Caieiras a Luz) e 11-Coral (de Guaianases a Luz). As linhas geridas pela iniciativa privada funcionavam normalmente: 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.
A circulação de trens do Metrô e da CPTM foi afetada no início desta manhã mesmo após a Justiça do Trabalho determinar que os sindicatos dos metroviários e dos ferroviários mantivessem 100% da frota circulando nos horários de pico e 80% nos demais horários.
A frota de ônibus da capital estará 100% em operação, segundo o prefeito Ricardo Nunes. "Há um número maior de ônibus nos horários de pico, e no entrepico diminui, mas amanhã será a carga o dia todo", afirmou ele em coletiva à imprensa.
A SPTrans ampliou o itinerário de 25 linhas municipais de ônibus, para permitir que os passageiros consigam chegar a locais com maior concentração de comércio e serviços.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o sistema Paese não será acionado nesta terça, já que ele funciona apenas em casos de emergência.
Presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, falou sobre a greve numa entrevista coletiva na última quinta-feira (28). "Essa deve ser a primeira de muitas mobilizações", afirmou ela.
As lideranças dos sindicatos explicaram que a única hipótese de a paralisação ser cancelada seria a revogação dos planos de privatização. Camila sugeriu que as catracas sejam liberadas no dia para não prejudicar a população.
"A gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas. Se o governador topar o desafio, a gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas para não prejudicar o trânsito da população. Mas ele não pode mentir, como ele fez em março. Na época, ele topou, nós estávamos prontos para trabalhar com catraca livre, mas ele recuou", disparou a sindicalista.
Já o sindicato dos funcionários da Sabesp esclareceu que o fornecimento de água não será interrompido. Emergências, como problemas de abastecimento em hospitais, serão atendidas.
Uma nova assembleia será realizada, às 18h de terça (3), para avaliar a continuidade do movimento. "Se não cancelar os editais de pregões das terceirizações no Metrô, debateremos a continuidade de nossa luta para impedir essa manobra do governo, que visa precarizar nossos serviços para entregar o Metrô para a privatização", diz comunicado disponível no site do Sindicato dos Metroviários.
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