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PARALISAÇÃO

Bocardi escancara desrespeito em greve do Metrô em São Paulo; veja situação

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Montagem de Rodrigo Bocardi no Bom Dia São Paulo e outra imagem de aviso de "estação fechada"

Rodrigo Bocardi no Bom Dia São Paulo desta terça (3); âncora detonou a greve no Metrô e CPTM

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/10/2023 - 7h04
Atualizado em 3/10/2023 - 8h40

Rodrigo Bocardi reclamou da situação do transporte público na capital paulista na manhã desta terça (3). O âncora do Bom Dia São Paulo explicou que a greve dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) desrespeita a decisão judicial que determinou que os metroviários deveriam manter 100% da operação nos horários de pico.

Os sindicatos decidiram convocar a paralisação em protesto contra o projeto de privatização de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo. O telejornal da Globo exibiu a situação da população que não conseguiu utilizar o Metrô e CPTM, que estão com várias estações fechadas.

Também foram entrevistados usuários do transporte público revoltados com a greve. "O que nós vemos é um desrespeito à decisão judicial, de forma muito clara. As nossas equipes mostrando. É uma paralisação, essa é uma novidade aqui em São Paulo, contra um processo de privatização", noticiou Bocardi.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região concedeu uma liminar ao Governo de São Paulo na sexta (29) e determinou que os metroviários mantenham 100% da operação nos horários de pico. O desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira exigiu que a circulação da frota acontecesse de forma integral das 6h às 9h e das 16h às 19h --com 80% nos demais períodos. A multa para o descumprimento da liminar é de R$ 500 mil.

"Deixando claro que esta pauta da privatização e desestabilização sempre foi de campanha do governador Tarcísio de Freitas. Ele sempre disse que isso iria acontecer ou pelo menos queria tentar aplicar e desenvolver", continuou o apresentador.

O que tem nessa história, que é muito estranho, essas pessoas estão fazendo essa paralisação para preservar o emprego delas, de Metrô, CPTM e Sabesp. Só que elas estão colocando em risco o emprego de tantas outras pessoas da sociedade. É uma história... Vamos ver como isso se desenrola no decorrer do dia.

Bocardi seguiu com sua indignação: "O que eu acho curioso nessa história toda é como a decisão judicial é como se fosse nada. Todas as vezes assim. Tem a decisão judicial, um recorre, outro vai. Ninguém cumpre. A decisão judicial é como se fosse uma folha em branco, ninguém cumpre em casos assim. Depois tem recurso de multa, por isso vai ficando. Uma sociedade desordenada. Você tem a justiça sendo ignorada".

O Bom Dia São Paulo também exibiu o pronunciamento de Tarcísio de Freitas sobre a paralisação. O político afirmou que a greve reforça a decisão de estudar a privatização das linhas do Metrô e CPTM.

"Quais as linhas disponíveis hoje? As linhas 4, 5, 8 e 9, operadas pela iniciativa privada. Isso reforça a convicção de que estamos indo na direção certa", disparou. O governador ainda disse que a paralisação é abusiva e uma "pauta corporativa" dos funcionários do transporte público.

O prefeito Ricardo Nunes também concedeu entrevista à Globo e falou sobre o funcionamento dos ônibus na capital. No final do jornal, Bocardi ressaltou que estava acompanhando todas as manifestações do público nas redes sociais.

"A gente tem muitas vezes uma pequena turma [falando] 'muito crítico ao governador Tarcísio'. Hoje tem muita gente dizendo que a gente está a favor do governador Tarcísio. Aqui não é a favor de governador. A gente está a favor, primeiro pela Justiça, pela decisão que teve, e por todas essas pessoas da população de São Paulo que estão na rua tentando chegar no seu trabalho", disparou o jornalista.

Quais linhas do Metrô estão em greve?

A paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô. O sindicato dos funcionários da CPTM já tinha adiantado que todas as linhas administradas pelo serviço público estariam paradas.

Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda operam normalmente hoje, já que são administradas por empresas concessionárias do grupo CCR. As linhas 7-Rubi e 11-Coral funcionam parcialmente.

Como está a greve do Metrô e CPTM?

A paralisação afeta outros serviços na capital paulista. O rodízio está suspenso na capital, exceto para veículos pesados. As aulas nas escolas estaduais também foram suspensas na capital e Região Metropolitana.

Consultas médicas na rede estadual também não acontecerão hoje. Apenas o poupatempo está aberto. Creches e escolas da rede municipal funcionam normalmente.

Por que o Metrô está em greve?

Presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, falou sobre a greve numa entrevista coletiva na última quinta-feira (28). "Essa deve ser a primeira de muitas mobilizações", afirmou ela.

As lideranças dos sindicatos explicaram que a única hipótese de a paralisação ser cancelada seria a revogação dos planos de privatização. Camila sugeriu que as catracas sejam liberadas no dia para não prejudicar a população.

"A gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas. Se o governador topar o desafio, a gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas para não prejudicar o trânsito da população. Mas ele não pode mentir, como ele fez em março. Na época, ele topou, nós estávamos prontos para trabalhar com catraca livre, mas ele recuou", disparou a sindicalista.

Já o sindicato dos funcionários da Sabesp esclareceu que o fornecimento de água não será interrompido. Emergências, como problemas de abastecimento em hospitais, serão atendidas.

Uma nova assembleia será realizada, às 18h de terça (3), para avaliar a continuidade do movimento. "Se não cancelar os editais de pregões das terceirizações no Metrô, debateremos a continuidade de nossa luta para impedir essa manobra do governo, que visa precarizar nossos serviços para entregar o Metrô para a privatização", diz comunicado disponível no site do Sindicato dos Metroviários.


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